Papa: é prioritário resolver crise humanitária na Síria
Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano
Situação desumana de pessoas inermes: essas foram as duras palavras usadas pelo Papa Francisco para manifestar a sua apreensão com a crise humanitária na Síria, que se agravou nos últimos dias.
Ao saudar as associações e grupos ligados à Síria que acompanharam o Angelus dominical, o Pontífice renovou a sua grande apreensão e dor pela situação desumana dessas pessoas inermes, entre as quais muitas crianças, que estão arriscando a vida.
Depois deste apelo, o Papa fez alguns minutos de oração silenciosa.
Um milhão de pessoas em fuga
As Nações Unidas referem que cerca de um milhão de pessoas estão fugindo do noroeste do país, em decorrência do acirramento dos combates na região de Idlib.
Nas últimas semanas, o exército sírio, apoiado pela Rússia, avançou sobre a área, onde cerca de três milhões de pessoas estão sitiadas. A Turquia, que apoia as forças rebeldes, chegou a atacar as tropas do governo. Idlib é a última região controlada pela oposição na Síria.
Brasileira em Damasco
Ir. Laudis é uma brasileira da família do Verbo Encarnado que atualmente presta serviços na nunciatura em Damasco. Comentando o apelo do Pontífice, a religiosa afirma que suas palavras são de “conforto”, pois Francisco leva em seu coração o povo sírio.
A brasileira relata os contrastes no interior do país. Enquanto Aleppo se recupera, outras regiões vivem uma forte crise humanitária. “Ainda são milhares de famílias sem-teto, sem um refúgio que, desesperadas, abandonam as suas casas sem poder levar nada, tentando salvar suas vidas.”
Ir. Laudis compartilha ainda o apelo do Pontífice e lamenta o desinteresse dos países ocidentais em terminar com o conflito. Ouça aqui:
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