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O Senhor dos Milagres e o Papa Francisco O Senhor dos Milagres e o Papa Francisco 

O Papa saúda o Peru no mês do Senhor dos Milagres

Numa mensagem enviada ao arcebispo de Lima, dom Carlos Castillo Mattasoglio, Francisco se dirige ao povo peruano, que sofre no corpo e no espírito por causa da pandemia, para encorajá-lo a voltar o olhar para o “Senhor dos Milagres” no mês a ele dedicado.

Gabriella Ceraso/Mariangela Jaguraba – Vatican News

Elevar orações ao Crucificado para implorar sua misericórdia e o fim da pandemia que aflige o Peru. Com esta intenção, o Papa Francisco enviou uma mensagem fraterna aos bispos do país sul-americano e a seu povo, neste primeiro sábado de outubro (03), dia da tradicional procissão com a imagem do “Senhor dos Milagres” a quem o mês é dedicado, com especial veneração.

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“Jesus crucificado, fixo e imóvel na cruz, não pela força dos pregos, mas por seu amor infinito, é a mais bonita prova do amor de Deus pelo amado povo peruano”, escreve o Papa. Nele “o Emanuel”, o “Deus-conosco vai ao encontro de seu povo, em silêncio, para lhe dar vida e conforto”, num abraço de misericórdia e perdão.

A pandemia não impede a Deus de estar perto de nós

Infelizmente, a pandemia impediu, este ano, a realização nas ruas de Lima da tradicional procissão com a qual, durante 332 anos, o povo e os pastores acompanham o Crucifixo “com devoção e esperança”, ressalta o Papa. Mas isso “não impede o Senhor de realizar o milagre de chegar aos milhares de corações bem dispostos que, com fé simples, reconhecem que Deus feito homem continua caminhando com os seus irmãos pelo caminho doloroso de cada época, e continua partilhando a incerteza e o sofrimento de todos, especialmente dos mais pobres, dos excluídos e dos descartados”.

Pandemia, fonte de sofrimento e injustiça

O pensamento comovido do Papa se estende à dramática realidade criada pela pandemia que no Peru causou até agora mais de 32 mil vítimas, e às muitas “duras provações” que irmãos e irmãs estão enfrentando por causa do vírus que “afeta não apenas sua saúde, mas também suas vidas, aumentando a injustiça, o sofrimento, as incompreensões que afetam a dignidade humana, sem distinção de pertença religiosa”, escreve ainda o Pontífice.

No desânimo, o Senhor não nos abandona

Ao reiterar sua oração e sua proximidade a todo o país, o Papa encerra sua mensagem com um encorajamento, “diante do desânimo e do sentimento de impotência” que não faz distinção, mas diz respeito a todos. Ao povo peruano Francisco pede novamente para “olhar mais uma vez para o Senhor” que não nos abandona, mas “nos chama e nos abraça com um amor infinito que nos cura, nos conforta e nos salva”.

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03 outubro 2020, 14:11