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Francisco rezou a oração mariana do Angelus neste dia de Solenidade da Imaculada Conceição Francisco rezou a oração mariana do Angelus neste dia de Solenidade da Imaculada Conceição

Papa no Angelus: como Maria, estar aberto à graça e dizer “não” ao mal e “sim” a Deus

Ao celebrar “uma das maravilhas da história da salvação”, disse Francisco no Angelus desta terça-feira (8), compreendemos que o ser humano é criado por Deus para a santidade, como a Virgem Maria, livre do pecado e cheia de graça. Na Solenidade da Imaculada Conceição, o Papa convidou a percorrer desde hoje um caminho de conversão, estando abertos à graça: “digamos de uma vez por todas ‘não’ ao pecado e ‘sim’ à graça”.

Andressa Collet – Vatican News

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Na Solenidade da Imaculada Conceição, o Papa Francisco realizou um ato privado de devoção a Maria na Praça de Espanha, em Roma, e rezou a oração mariana do Angelus aos fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro, apesar de dia de outuno chuvoso e frio na Capital Eterna.

A busca pela santidade

Na alocução que precedeu a oração, o Pontífice fez referência à festa litúrgica deste 8 de dezembro em que a Igreja “celebra uma das maravilhas da história da salvação”, que é a da Virgem Maria, “salva por Cristo, mas de uma forma absolutamente extraordinária”, porque Deus quis que “não fosse tocada pela miséria do pecado”. Dessa forma, ao longo da vida terrena, Maria esteve livre de qualquer mancha de pecado e “cheia de graça” (Lc 1, 28).

O Papa, então, recordou o hino que abre a Carta aos Efésios (cf. 1, 3-6.11-12), quando São Paulo nos ajuda a compreender que o ser humano é criado por Deus para a santidade, uma graça, uma “beleza com que Nossa Senhora foi revestida desde o início”, desde o ventre da sua mãe.

“E aquilo que para Maria estava no início, para nós estará no fim, depois de passarmos pelo ‘banho’ purificador da graça. Aquilo que nos abre a porta do paraíso é a graça de Deus, recebida com fidelidade por nós. Contudo, até os mais inocentes foram marcados pelo pecado da origem e lutaram com todas as forças contra as suas consequências. Eles passaram pela ‘porta estreita’ que conduz à vida (cf. Lc 13, 24). [...] Irmãos e irmãs, a graça de Deus é oferecida a todos; e muitos dos últimos que estão nesta terra serão os primeiros no céu (cf. Mc 10, 31).”

A conversão deve começar hoje

Francisco alertou, porém, para se abrir à graça de Deus ainda hoje, iniciando um processo de conversão e evitando de enganar a si mesmo, aos homens e ao Senhor:

“Cuidado. Não vale a pena ser esperto: adiar constantemente um exame sério da própria vida, aproveitando-se da paciência do Senhor. Ele é paciente, Ele nos espera, Ele sempre está para nos dar a graça. Mas nós nós podemos enganar os homens, mas a Deus não, Ele conhece os nossos corações melhor do que nós próprios. Aproveitemos o momento presente! Este é o sentido cristão de aproveitar o dia. Não desfrutar da vida no momento fugaz, não, esse é o sentido do mundo. Mas aproveitar o presente para dizer “não” ao mal e “sim” a Deus; para se abrir à sua Graça; para deixar finalmente de se fechar em  si próprio, arrastando-se para a hipocrisia. Enfrentar a nossa própria realidade, como somos: assim, somos; reconhecer que não amamos Deus e não amamos o nosso próximo como deveríamos.”

Tudo isso através da conversão, “pedindo primeiro a Deus perdão no Sacramento da Reconciliação, e depois fazendo reparações pelo mal feito aos outros”, indicou o Papa, ao finalizar:

“Mas sempre abertos à graça: o Senhor bate à nossa porta, bate ao nosso coração para entrar conosco em amizade, em comunhão; para nos dar a salvação. E essa, é para nós, a forma de nos tornarmos 'santos e imaculados'. A beleza não contaminada da nossa Mãe é inimitável, mas ao mesmo tempo nos atrai. Vamos nos confiar a ela, e digamos de uma vez por todas ‘não’ ao pecado e ‘sim’ à Graça.”

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08 dezembro 2020, 12:30