Papa ao Ifad: a fome só pode ser vencida protegendo o planeta
Mariangela Jaguraba - Vatican News
O Papa Francisco enviou uma mensagem, nesta terça-feira (02/02), aos organizadores e participantes do 5° Encontro do Fórum dos Povos Indígenas promovido virtualmente pelo Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (Ifad).
Francisco expressa sua “proximidade e o compromisso da Igreja de continuar a caminhar juntos. Juntos para manifestar nossa convicção de que a globalização não pode significar uma uniformidade que ignora a diversidade e impõe um novo tipo de colonialismo”.
Segundo o Papa, “o desafio consiste em criar alternativas baseadas na solidariedade para que ninguém se sinta ignorado, mas também não imponha sua própria direção de forma esmagadora, considerando-a como a única correta. Pelo contrário, sabemos bem que, quando as diversidades se articulam e se enriquecem mutuamente, a comunhão entre os povos floresce e se aviva. Na realidade, trata-se de promover um desenvolvimento que não tome o consumo como um meio e um fim, mas que realmente cuide do ambiente, escute, aprenda e dignifique. Isto é ecologia integral, na qual a justiça social se conjuga com a proteção do planeta. Somente com esta humildade de espírito poderemos ver a derrota total da fome e uma sociedade baseada em valores duradouros, que não são fruto de modas passageiras e tendenciosas, mas de justiça e bondade”.
O Papa espera que este encontro “esteja repleto de frutos abundantes, de amor pelo mundo que queremos construir juntos e que queremos entregar a quem vier depois de nós como um tesouro e não como um acúmulo de detritos e restos. Prestemos atenção ao que nos beneficia a todos e será justamente isso que nos permitirá passar por este mundo deixando um sulco de altruísmo e generosidade, sem sermos feridos pela imanência terrena, desolados pelo vazio espiritual, paralisados pela autorreferencialidade ou entristecidos pelo individualismo”.
"Com estes sentimentos, peço a Deus que abençoe suas comunidades e aqueles que no Ifad se esforçam para ajudar aqueles que vivem nas áreas mais deprimidas do planeta, mas que são agraciados com a beleza que vem do respeito e da convivência com a natureza, obra das mãos do Senhor”, conclui o Papa.
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