Papa reza por vítimas de atentado diante de Catedral na Indonésia
Raimundo de Lima - Vatican News
“Rezemos por todas as vítimas da violência, em particular as do atentado ocorrido esta manhã na Indonésia, em frente à Catedral de Makassar.”
Foi o pedido do Santo Padre na alocução que precedeu a oração mariana do Angelus no final da missa na manhã deste Domingo de Ramos, início da Semana Santa.
Segundo notícias que nos chegam do país asiático, o balanço é de pelo menos 14 pessoas feridas no atentado suicida realizado na manhã deste domingo (28/03) contra a Catedral do Sagrado Coração de Jesus em Makassar, na província oriental de Sulawalesi do Sul, na Indonésia.
Atentado ao final da missa
A explosão - informam fontes da polícia local - ocorreu às 9h26, hora local, quando uma moto se aproximou da entrada lateral do prédio no final da missa do Domingo de Ramos. O autor do atentado teria morrido. "Aconteceu no final da missa, quando as pessoas estavam voltando para casa", declarou aos jornalistas o sacerdote Wilhelmus Tulak.
Esta não é a primeira vez que as igrejas indonésias são alvo de extremistas islâmicos na Indonésia, país de maioria muçulmana mais populoso do mundo.
Em particular, em maio de 2018, seis membros de uma família se fizeram explodir em três igrejas, uma católica e duas protestantes, em Surabaya, a segunda maior cidade do país, matando uma dúzia de fiéis. A família era membro do grupo jihadista Jamaah Ansharut Daulah (Jad) e o ataque foi reivindicado pelo autoproclamado Estado islâmico.
País é multi-religioso, multiétnico e multicultural
A Indonésia não é um Estado confessional, mas se baseia no Pancasila, cinco princípios inscritos na Constituição (fé num único Deus supremo, humanidade justa e civilizada, unidade, democracia guiada pela sabedoria, justiça social) que garantem liberdade a todos os crentes.
A sociedade indonésia é de fato multi-religiosa, multiétnica e multicultural, tanto que o lema do país é "unidade na diversidade", uma peculiaridade que tem contribuído para o caráter historicamente tolerante do Islã no país, que sempre esteve acostumado a viver com pluralismo. Esta tolerância também beneficiou a comunidade católica, que representa pouco mais de 3% da população.
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