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Em foto de arquivo, tropas francesas em operação contra terroristas no país (2019) Em foto de arquivo, tropas francesas em operação contra terroristas no país (2019)

A oração do Papa por Burkina Faso: a África precisa de paz

Francisco assegura proximidade à população afetada pelo pior ataque terrorista dos últimos 6 anos: o último balanço no final da tarde deste domingo (6) confirmava que 160 pessoas – entre elas, 20 menores – morreram assassinadas por supostos jihadistas na vila de Solhan, nordeste do país africano. Casas e mercado do local foram queimados. As Nações Unidas e a União Europeia também condenam o massacre em Burkina Faso.

Andressa Collet – Vatican News

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“A África precisa de paz, não de violência.”

O Papa Francisco fez um apelo veemente pela paz ao final do Angelus deste domingo (6) ao se referir ao pior ataque terrorista dos últimos 6 anos em Burkina Faso: o último balanço confirmava que 160 pessoas – entre elas, 20 menores – morreram por supostos jihadistas violentos na vila de Solhan, nordeste do país africano e próximo da fronteira com o Níger. Casas e mercado do local, que fica a 15 Km da capital Sebba, foram queimados no massacre registrado na noite entre sexta-feira (4) e sábado (5).

A proximidade e a oração do Pontífice chegam ao país, um dos mais pobres do mundo, que sofre “muito por causa desses repetidos ataques” de violência, ligados aos grupos terroristas do Al-Qaeda e Estado Islâmico. De fato, essa não é a primeira vez que a própria vila é atingida pelos jihadistas. Desde 2015, cerca de 1.400 pessoas já foram assassinadas.

Em 2019, o apelo do Papa ao diálogo inter-religioso

Embora até agora não tenham reivindicado o ataque, a certeza de que os jihadistas estão por trás desse último massacre parece claro a todos, já que a província de Yagha, onde se encontra a vila, está situada em uma área definida como "três fronteiras", entre Burkina Faso, Mali e Níger. Ali acontecem ataques contra militares e civis, apesar da presença das tropas estrangeiras, começando por aquelas da França, enviadas para pôr fim à violência que, até agora, causou cerca de 1,2 milhões de deslocados. Já o número de vítimas não é certo, mas, segundo a ONU, foram 1.800 só em 2019, ano em que o Papa Francisco lançou um apelo ao diálogo inter-religioso contra a violência.

A condenação da ONU e da UE

Os corpos das vítimas de mais esse ataque foram enterrados em valas comuns e as autoridades do país decretaram luto nacional de três dias até esta segunda-feira (7). Enquanto isso, o massacre está sendo investigado e os suspeitos estão sendo procurados por uma operação de forças armadas em larga escala nas regiões do norte e do Sahel. O esforço conjunto contra o “extremismo violento”, porém, observa o secretário geral da ONU, Antonio Guterres, deveria ser duplicado para combater “o inaceitável custo em termos de vidas humanas”.

Ele se diz estar "indignado" e "condena veementemente o hediondo ataque", expressando o pleno apoio das Nações Unidades às autoridades “para superar as ameaças à paz, à estabilidade e à unidade do país”. Assim como a própria União Europeia que condena os ataques como "covardes e bárbaros": o Alto Representante para a Política Externa, Josep Borrell, "reafirma o seu compromisso de lutar, junto com Burkina Faso e com os países da região, contra a insegurança e pelo fortalecimento da presença do Estado nas regiões mais atingidas".

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07 junho 2021, 09:49