O Papa a empresários cristãos: “Seguir o caminho da economia social"
Jane Nogara - Vatican News
O Papa Francisco enviou uma Mensagem em vídeo para a “Asociacion cristiana de dirigentes de empresa” – ACDE – com sede na Argentina, por ocasião da reunião anual com o tema “Hacia un capitalismo más humano”. O Santo Padre iniciou sua mensagem recordando com satisfação a assinatura em 24 de abril deste ano, do decreto que confirma as virtudes heroicas de Enrique Shaw, um pai e empresário argentino que queria levar o mundo dos negócios a Jesus Cristo. Também, muito amado pela classe trabalhadora.
Economia social
“A visão cristã da economia e da sociedade”, disse o Papa, “que é diferente da visão pagã ou ideológica, é cristã e vem da mensagem de Jesus, das bem-aventuranças, de Mateus 25, dali nasce a visão”.
Retorno ao concreto
Depois de várias décadas de negócios mediáticos, nos quais acreditava-se em uma riqueza que na realidade não existe, é hora de “retornar à economia do concreto, para não perder o concreto. E o concreto é a produção, o trabalho de todos, que não falte emprego, as famílias, a pátria, a sociedade. O concreto. Em uma sociedade onde existe uma margem muito grande de pobreza, é preciso se perguntar como vai a economia, se é justa, se é social, ou se simplesmente busca interesses pessoais. A economia é social”.
Desafio de criar empregos
E o Pontífice destaca o trabalho do PIME, o Pontifício Instituto para as Missões Estrangeiras para a criação de empregos, porque a criatividade vem sempre de baixo. “Portanto – continuou - avançar em direção ao bem comum, com a criação de empregos. É um desafio, o encontro de vocês é um desafio à criatividade. A criação de empregos, em um momento de pandemia, nos levou a isso, onde [o emprego] está faltando.
Confiança social
“As pessoas escondem algo quando não têm a consciência limpa ou quando estão com raiva. Quando escondemos algo é porque alguma coisa está funcionando mal. Clareza, transparência e produção. Investir. E construir gradualmente a confiança social. É muito difícil construir sem confiança social”. Por fim Francisco recorda que a confiança social significa não fazer acordos paralelos quando todos decidem juntos. E conclui com a frase “Com confiança e jamais trair a confiança”.
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