O Papa aos detentos: se erra, mas não se deve permanecer "errados"
Benedetta Capelli - Cidade do Vaticano
Um Papa que escuta, acompanha com o sorriso e as palavras, encoraja a acreditar na misericórdia de Deus, na ajuda dos outros, a não se condenar pelos erros cometidos. Esta foi a experiência vivida na sexta-feira, 22, na Casa Santa Marta, por um grupo de detentos e ex-detentos que cumprem ou cumpriram pena nas estruturas da comunidade de padre Benzi em Vasto, na Província italiana de Chieti, e em Termoli, perto de Campobasso. O grupo estava acompanhado pelo padre Benito Giorgetta, pároco da igreja de São Timóteo em Termoli.
Francisco opta por ouvir suas vozes e os agradece pelos testemunhos dados, muitas vezes duros e difícieis. Recorda, em um vídeo dirigido aos detentos que não estavam presentes, que é importante caminhar sozinho ou até mesmo pedir a mão de alguém, bater à porta mesmo que se sinta perdido e não sabe para onde ir. “É o Senhor quem te dá a oportunidade e te faz dar um passo”, diz Francisco.
O caminho a ser seguido
“O importante na vida é caminhar - sublinha o Papa - estar na estrada”. Há quem não veja a direção e nem mesmo o caminho. Há pessoas “estacionadas” a serem ajudadas, com o “coração estacionado” no qual não entra a inquietação que te faz mover. “Nós nos movemos, mas como em um labirinto, não encontramos a porta de saída, o caminho e vamos lá, rodeando e rodeando dentro das coisas, sem sair delas”.
Todos cometemos erros na vida, prossegue Francisco, “mas o importante é não permanecer errados”. E cita uma canção dos Alpinos que convida a não ficar pelo chão depois de cair. Levantar-se também graças a quem ajuda a levantar-se, sem nunca olhar de cima para baixo para quem caiu, porque "é indigno".
“Tantas vezes nós na vida encontramos uma mão que nos ajuda a nos reerguer: também nós devemos fazê-lo com os outros: com a experiência que temos, fazer o mesmo com os outros”.
Experiência contagiante
Antes de se despedir, convida a aproveitar a experiência vivida para gerar o verdadeiro bem:
Faço votos que a experiência de vocês seja fecunda, que seja como a semente que se semeia e depois cresce, cresce ... Que seja como uma boa doença: que contagia. Uma experiência contagiante. E que seja libertadora, que abra portas para tantas pessoas que precisam viver a experiência que vocês viveram.
Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui