Francisco assegura orações por vítimas de explosão em Serra Leoa

Vatican News

Não só a Etiópia no continente africano, mas também Serra Leoa recebeu a atenção do Santo Padre no Angelus deste domingo.

Asseguro a minha oração também pelas vítimas do incêndio que se seguiu a uma explosão de combustível nos arredores de Freetown, capital de Serra Leoa.

Pelo menos 98 pessoas morreram e 92 ficaram feridas na explosão de um caminhão-tanque na noite de sexta-feira, 5, na área industrial de Freetown, anunciou na noite de sábado a Agência Nacional de Gerenciamento de Desastres (NDMA).

A maior parte das vítimas são vendedores ambulantes e motociclistas atingidos pelas chamas enquanto tentavam recuperar o combustível que escapava do caminhão-tanque, declarou à AFP uma testemunha que como voluntário procurava socorrer os feridos.

Uma enfermeira de um hospital para onde as vítimas foram levadas confirmou que recebeu muitas mulheres, homens e crianças com "ferimentos graves". Vários corpos carbonizados foram encontrados entre destroços de carros ainda fumegantes no local da explosão e nas ruas adjacentes.

Em uma mensagem postada no Twitter no sábado, o presidente de Serra Leoa, Julius Maada Bio, disse que ficou "profundamente comovido com o trágico incêndio e a terrível perda de vidas". “Gostaria de expressar a minha profunda condolência às famílias que perderam entes queridos e aos que foram mutilados”, acrescentou, garantindo que o seu governo “fará tudo para apoiar as famílias afetadas”.

O escritório da ONU em Serra Leoa garantiu que, como parceiro no país, "está acompanhando de perto a situação e está pronto para ativar a resposta necessária" para ajudar o governo.

Por sua vez, a prefeita de Freetown, Yvonne Aki-Sawyerr, disse em um comunicado postado no Facebook estar "profundamente entristecida". “Os vídeos e fotos que circulam nas redes sociais são de partir o coração”, acrescentou ela, lamentando não poder estar presente por estar em viagem ao exterior.

Serra Leoa, uma ex-colônia britânica de 7,5 milhões de habitantes, é um dos países mais pobres do planeta, apesar de um solo repleto de diamantes. Sua economia, abalada pela corrupção, foi devastada por uma guerra civil (1991-2002) que deixou cerca de 120.000 mortos. O país também permanece debilitado após a epidemia de Ebola que devastou o país em 2014-2016, a queda nos preços mundiais das commodities e a pandemia de Covid-19.

*Com informações da France Press