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Celebra-se na Itália o Dia pela Vida. O Papa recorda também o Rayan e migrante enfermo Celebra-se na Itália o Dia pela Vida. O Papa recorda também o Rayan e migrante enfermo 

O Papa recorda o Dia pela Vida, um migrante doente e o pequeno Rayan

Após a oração mariana do Angelus, o Papa recordou o Dia pela Vida celebrado na Itália, neste domingo. Recordou também o menino marroquino Rayan que faleceu depois de ficar cinco dias dentro de um poço e John, um migrante ganense de 25 anos que veio para a Itália, mas ao saber que estava com câncer voltou para o seu país para morrer nos braços de seu pai.

Mariangela Jaguraba - Vatican News

Após a oração mariana do Angelus, o Papa Francisco recordou que neste domingo (06/02), celebra-se, na Itália, o Dia pela Vida, sobre o tema "Proteger toda a vida".

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Este apelo é válido para todos, especialmente para as categorias mais frágeis: os idosos, os doentes e também as crianças impedidas de nascer. Uno-me aos bispos italianos na promoção da cultura da vida como resposta à lógica do descarte e do declínio demográfico. Toda vida deve ser protegida, sempre!

A seguir, o Papa ressaltou que estamos acostumados "a ver, a ler na mídia muitas coisas ruins, notícias ruins, acidentes, assassinatos, muitas coisas". Francisco contou duas notícias bonitas. "Uma, em Marrocos,  um povo todo que se uniu para salvar Rayan. O povo todo estava ali, trabalhando para salvar um menino! Foi feito de tudo. Infelizmente, ele não sobreviveu. Obrigado a esse povo por este testemunho", disse o Papa.

O pequeno Rayan caiu num poço de 30 metros de profundidade e ali permaneceu 5 dias. Infelizmente, seu corpo foi retirado sem vida.

Outra notícia que o Papa contou aconteceu em Monferrato, na Itália e "não sairá nos jornais", sublinhou Francisco.

John, um migrante de 25 anos de Gana, que para chegar à Itália sofreu muito, como sofrem os migrantes. Em Monferrato, ele começou a trabalhar, a construir o seu futuro, numa adega. Depois, ficou doente com um câncer terrível, ele está morrendo. Quando lhe contaram a verdade, perguntaram-lhe o que queria fazer: Ele respondeu que queria voltar para casa para abraçar seu pai antes de morrer. "Morrendo, ele pensou em seu pai", frisou o Papa. A cidade de Monferrato imediatamente arrecadou fundos e, cheio de morfina, ele foi colocado no avião, junto com um amigo, e foi morrer nos braços de seu pai. "Isso nos mostra que hoje, no meio de tantas notícias ruins, há coisas boas, há os “santos da porta ao lado”. Obrigado por estes dois testemunhos que nos fazem bem", ressaltou Francisco.

A seguir, o Papa saudou de modo especial as religiosas do grupo Talitha Kum, comprometidas contra o tráfico. "Obrigado! Obrigado pelo o que fazem, por sua coragem. Obrigado". Encorajou as religiosas em seu trabalho e abençoou a imagem de Santa Josefina Bakhita.

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06 fevereiro 2022, 14:31