Papa a argentinos: sigam a fé simples do povo, recebida dos pais, que muda a história
Andressa Collet - Vatican News
O Papa Francisco em mais um sinal de proximidade aos argentinos e, enviou um vídeo ao final da tarde desta segunda-feira (20) ao movimento "Misioneros de Francisco", por ocasião da inauguração do "Paseo Histórico Cultural 'Negro Manuel'" no Santuário de Nossa Senhora de Luján, em Buenos Aires.
"Nosso desejo é acompanhar neste lugar, a memória e a devoção a Virgem de Luján, acompanhar a paciência do 'Negro Manuel'. Uma caminhada pela história e pela vida do 'Negro Manuel'. Eu os acompanho, os abençoo. Que a Virgem cuide de vocês, que o 'Negro Manuel' interceda por todos vocês. E sigam adiante, com essa fé simples, com essa fé que é a fé que recebemos dos nossos pais, é a fé do nosso povo. É a fé que muda a história."
Quem era 'Negro Manuel'
A história de 'Negro Manuel', o servo de Cabo Verde, está ligada ao século XVII, à origem da devoção a Virgem de Luján, padroeira do país. Aos 25 anos, ele foi vendido e levado ao Brasil para servir o capitão português Andrea Juan. Lá foi batizado na noite de Natal de 1629.
Alguns meses depois, o capitão Juan partiu para uma missão especial: levar uma imagem da Virgem Imaculada para uma capela em Sumampa, na região de Santiago del Estero. No entanto, quando desembarca em Buenos Aires, atrasado por outros trâmites, delega a tarefa de completar a entrega via terra a seu servo de confiança. No segundo dia da marcha, os bois amarrados à carroça com a imagem da Virgem param de repente e não querem continuar o caminho. O 'Negro Manuel' não tem dúvidas: Nossa Senhora escolheu parar bem ali, em Luján.
Maria escuta as nossas súplicas
Durante o pontificado, o Papa Francisco exortou repetidamente as pessoas a se deixarem acompanhar pelo caminho da Virgem de Luján, como na Audiência Geral de 12 de maio de 2021. O Pontífice recordou a história de uma família: um pai é informado de que sua filha está gravemente doente devido a uma infecção. Para os médicos, ela não passaria daquela noite. O homem, chorando, deixa a esposa e filha no hospital, pega um trem e chega à Basílica de Luján, onde passa a noite em oração.
Porém, ele chega quando a Basílica já está fechada e se apega às grades do portão. Reza a noite toda e depois, de manhã cedo, entra na Basílica e se dirige a Nossa Senhora. A cena é indelével: "eu vi ele! Eu vivenciei isso", diz o Papa. A luta daquele pai em oração precede um sorriso: o da sua esposa que lhe diz, uma vez voltando para casa, que a filha se recuperou inexplicavelmente. "Nossa Senhora o ouviu". A "oração", sublinha o Papa, recordando esse episódio, "faz milagres".
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