Papa aos congoleses: sejam embaixadores de paz
Jane Nogara - Vatican News
Na manhã deste domingo, dia 3 de julho o Papa Francisco celebrou uma missa com a comunidade congolesa residente em Roma. Missa compartilhada com as paróquias da República Democrática do Congo, país que o Papa iria visitar nestes dias e teve que adiar sua viagem por motivos de saúde.
A missão
Na homilia da celebração realizada em rito zairense, Francisco iniciou com a palavra Esengo, ou seja, alegria. Recordando que “o Reino de Deus está próximo: ainda não alcançado, parcialmente escondido, mas perto de nós”, assegurou. Depois, continuou, a proximidade de Deus nos dá paz mas ao mesmo tempo não nos deixa em páz, explicando em seguida: “Provoca em nós uma mudança: nos enche de admiração, nos surpreende, muda nossas vidas. É o que acontece com os discípulos no Evangelho: para anunciar a proximidade de Deus eles vão longe, em missão”. Portanto, se nos perguntamos qual é nossa tarefa no mundo, o que devemos fazer como Igreja na história, a resposta do Evangelho é clara: a missão.
Em seguida o Papa explica a maneira surpreendende de Jesus enviar seus missionários, sem esperar que estivessem prontos, eles não haviam estudado teologia, mas ele os enviou do mesmo jeito em missão com três surpresas missionárias reservada aos discípulos e para cada um de nós.
Equipamento
A primeira surpresa é o equipamento. Jesus não diz o que levar, mas o que não levar: "Não leveis bolsa, nem alforje, nem sandálias". Depois explica que para anunciar
Recordando em seguida que para Cristo, o equipamento fundamental é outro: o irmão. “Não sozinhos, não por conta própria, sempre com o irmão ao seu lado. Nunca sem o irmão, porque não há missão sem comunhão”.
Embaixadores de paz
Quanto à segunda surpresa da missão o Papa afirma que é a mensagem. Também neste ponto recorda que Jesus orienta com uma saudação: "Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: ‘Paz a esta casa!’”. Ou seja, o Senhor prescreve que se apresentem, em qualquer lugar, como embaixadores de paz. Aqui está a sinal distintivo: o cristão é um portador de paz, porque Cristo é a paz”.
“Hoje, - continuou Francisco - queridos irmãos e irmãs, oremos pela paz e reconciliação na República Democrática do Congo, tão ferida e explorada. Unamo-nos às missas celebradas no país segundo esta intenção e rezemos para que os cristãos sejam testemunhas de paz, capazes de superar todos os sentimentos de rancor e vingança, a tentação de que a reconciliação não seja possível, todo apego insalubre ao próprio grupo que leva a desprezar os outros”.
Mudar seu coração
Em seguida o Pontífice disse que a paz “começa conosco; comigo e contigo, do coração de cada um. Se vive sua paz, Jesus chega e a sua família, a sua sociedade mudam. Mudam primeiramente se o seu coração não está em guerra, não está armado de ressentimento e raiva, não está dividido, duplo e falso”.
Anunciar a proximidade de Deus, isso é o essencial
Após a saudação de paz, todo o resto da mensagem confiada aos discípulos se reduz às poucas palavras com as quais começamos e que Jesus repete duas vezes: "O Reino de Deus está próximo! [...] O Reino de Deus está próximo". Anunciar a proximidade de Deus, que é o Seu estilo; o estilo de Deus é claro: proximidade, compaixão e ternura. Este é o estilo de Deus. Isso é o essencial. A esperança e a conversão vêm daqui: de acreditar que Deus está próximo e cuida de nós: é o Pai de todos, que nos quer todos irmãos e irmãs”.
Como cordeiros entre os lobos
Depois do equipamento e a mensagem, a terceira surpresa da missão diz respeito ao nosso estilo. Jesus pede aos seus para irem ao mundo "como cordeiros entre os lobos". O bom senso do mundo diz o contrário: imponha-se, sobressaia!
Francisco recordou que a ganância por dinheiro e por bens causam tanto mal também à República Democrática do Congo. O discípulo de Jesus rejeita a violência, não faz mal a ninguém e ama a todos”. Por fim o Papa concluiu afirmando : “Que o Senhor nos ajude a sermos missionários hoje, indo na companhia do nosso irmão e da nossa irmã; tendo em nossos lábios a paz e a proximidade de Deus; levando em nossos corações a mansidão e a bondade de Jesus, o Cordeiro que tira os pecados do mundo”.
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