Papa recorda Beata Benigna do Ceará: testemunho coerente do Evangelho
Andressa Collet - Vatican News
Assim o Papa Francisco se dirigiu espontaneamente aos peregrinos de língua portuguesa na Audiência Geral desta quarta-feira (26), em mais uma catequese de aprofundamento sobre o discernimento, que tem a ver sobretudo com as nossas ações e a sua dimensão afetiva, porque Deus fala ao coração. O Pontífice se dedicou especialmente à experiência da desolação, que se manifesta numa certa escuridão da alma, de "perturbação interior", "inquietação devida a várias agitações e tentações", como descreveu Santo Inácio de Loyola (Exercícios espirituais, 317).
"Para quem quer servir o Senhor", ainda disse o Papa, "é importante não se deixar enganar pela desolação" e interpretá-la com "consciência e abertura ao Espírito Santo": "uma regra sábia diz para não fazer mudanças quando se está desolado. O tempo seguinte, e não o humor do momento, mostrará a bondade ou não das nossas escolhas".
Um aplauso à Beata Benigna!
A reflexão sobre o discernimento também foi dirigida aos peregrinos presentes na Praça São Pedro e provenientes de Salvador, Anicuns, Taubaté e São Paulo. E, fazendo referência ao Brasil, o Papa também recordou da beatificação da Menina Benigna na segunda-feira (24). O ato que a tornou a primeira Beata nascida no Ceará foi realizado no Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcante, na cidade de Crato, para uma assembleia de cerca de 30 mil pessoas.
A cerimônia foi presidida pelo cardeal Leonardo Steiner, representante do Papa na ocasião, que disse em homilia "louvar a Deus pelo testemunho daquela que, bem-nascida, alcança a santidade". Um testemunho "poético" para a realidade dos nordestinos, disse por sua vez dom Magnus Henrique, bispo local, ao contemplar a "santinha" com "seu vestido vermelho com bolinhas brancas", que "sobe aos altares vestida de chita": "temos uma Beata no céu vestida de chita, na simplicidade de uma menina, pois Deus escolhe os fracos para confundir os fortes", concluiu o prelado. Uma vida de amor e fidelidade a Jesus recordada pelo próprio Papa Francisco na Audiência Geral:
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