O Papa recorda beata Maria Carola Cecchin missionária no Quênia
Vatican News
“No sábado passado (05/11), em Meru (Quênia), foi beatificada a Irmã Maria Carola Cecchin, da Congregação das Irmãs de São José Benedito Cottolengo, falecida em 1925, aos 48 anos de idade, depois de testemunhar o Evangelho da caridade às populações africanas. Que seu exemplo de mulher boa e sábia sustente todos aqueles que trabalham para difundir o Reino de Deus. Um aplauso à nova Beata!”. São palavras do Papa Francisco nas saudações durante a Audiência geral desta quarta-feira na Praça São Pedro.
Santidade dos missionários
Durante a beatificação, o Cardeal Antoine Kambanda, arcebispo de Kigali, afirmou que Irmã Maria Carola representa a santidade de tantos missionários que "aceitaram suportar todo tipo de sacrifício e arriscaram suas vidas para trazer até nós a salvação de Deus". A religiosa nasceu em 1877 em Cittadella (Pádua) e faleceu em 1925 a bordo de um navio no Mar Vermelho enquanto voltava para a Itália vindo do Quênia. O rito foi presidido pelo cardeal representante do Papa Francisco, no estádio de Kinoru, na diocese de Meru, na manhã de sábado, 5 de novembro. Na ocasião o cardeal Kambanda enfatizou que a missionária, membro da congregação fundada por São José Cottolengo, "deu sua vida ao Quênia" por seu serviço ao povo de Deus na diocese de Meru por 20 anos. A Irmã Maria Carola realizou "o melhor ato de caridade que se pode fazer para que o amor de Cristo seja conhecido", salientou o Arcebispo de Kigali. De fato, "ela dedicou sua vida missionária" para que o Reino de Deus se espalhasse e "o nome de Deus fosse louvado nesta terra". O cardeal lembrou que a religiosa tinha "absoluta confiança nos cuidados amorosos de Deus e veio a esta terra para ser testemunha disso, para que também nós possamos adquirir a mesma fé e confiança que nos liberta de todo medo e nos chama à fidelidade a Deus".
Exemplo missionário
Kambanda convidou os fiéis a verem na Beata um exemplo de zelo missionário digno de emulação: "Irmã Maria Carola", disse, "nos deu um exemplo a seguir durante a nossa vida; cabe a nós levar adiante esta vida missionária no mundo de hoje, que tem muita necessidade". O Arcebispo de Kigali continuou comentando que a Irmã "passou sua vida nesta terra dando grande honra a Deus e à Igreja". Ela amava tanto "o Senhor que queria se tornar suas mãos, para alcançar os pobres. Confiava tanto nele que aceitou todas as dificuldades e provações que a vida tinha lhe reservado". E seguiu "aquele amor evangélico que nos impele a não buscar vantagens próprias, mas a nos darmos completamente, esquecendo de nós mesmos para abraçar o bem dos outros".
Toda de Deus, inteiramente dedicada aos pobres
A Irmã Maria Carola viveu exatamente assim: “toda de Deus, inteiramente dedicada aos pobres". A família é uma das "instituições nas quais o exemplo da Beata Maria Carola pode ser aplicado", observou o cardeal, alertando para a necessidade de livrar as famílias do que ele chamou de "falso amor" e invocando, ao contrário, o verdadeiro amor nas famílias, na esteira do testemunho abnegado da missionária.
Entre os presentes à celebração estavam o Núncio Apostólico, Dom Hubertus Matheus Maria van Megen, o Bispo de Merù, Salesius Mugambi, o Bispo do Vicariato Apostólico de Esmeraldas no Equador, Antonio Crameri, um religioso Cottolengo, o Superior Geral da Pequena Casa da Divina Providência, Padre Carmine Arice, o Superior Geral dos religiosos Cottolengo, Irmã Elda Pezzuto, e o Embaixador da Itália no Quênia, Roberto Natali. Participaram também o sobrinho-neto da Irmã Maria Carola, Alessandro Cecchin, e uma delegação de Cittadella, a cidade natal da Beata.
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