Francisco recorda primaz ortodoxo de Chipre Chrysostomos II
Lisa Zengarini - Cidade do Vaticano
Durante a Audiência Geral desta quarta-feira, o Papa Francisco voltou seu pensamento para o povo cipriota que lamenta a morte de Sua Beatitude Chrysostomos II.
O arcebispo ortodoxo, que liderava a Igreja de Chipre desde 2006, faleceu na manhã de segunda-feira aos 81 anos, em sua residência em Nicósia, devido a um câncer.
Homem de diálogo e amante da paz
“Foi um pastor clarividente, homem de diálogo e amante da paz, que procurou promover a reconciliação entre as diversas comunidades do país”, disse o Papa, que recordou com “agradecido afeto” os encontros fraternos que realizaram durante a sua visita a Chipre em dezembro de 2021.
Um protagonista do movimento ecumênico
Chrysostomos II foi um dos grandes protagonistas do movimento ecumênico. Como presidente do Santo Sínodo da Igreja de Chipre, participou do funeral do Papa João Paulo II e da inauguração do Pontificado do Papa Bento XVI em 2005.
H.B. Chrysostomos II e os Papas
Em resposta a este gesto fraterno, Bento XVI enviou uma delegação à cerimônia de sua entronização em 2006. Em 16 de junho de 2007, o Primaz ortodoxo assinou uma Declaração Conjunta com o Papa Bento XVI por ocasião de sua visita ao Vaticano. O Papa Bento XVI posteriormente encontrou H.B. Chrysostomos II em mais duas ocasiões: em 5 de junho de 2010, durante sua Viagem Apostólica, e em 28 de março de 2011, novamente no Vaticano.
O espírito de fraternidade mútua entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa de Chipre foi ainda mais fortalecido pela visita do Papa Francisco a Chipre, onde se encontrou com o falecido Primaz ortodoxo e o Santo Sínodo na catedral ortodoxa.
Naquela ocasião, o Papa agradeceu ao falecido arcebispo por seu “coração aberto” e por seu empenho em promover o diálogo entre as duas Igrejas.
Um defensor declarado da comunidade cristã em Chipre
Um líder ecumênico, H.B. Chrysostomos II também foi um defensor declarado da comunidade cristã na parte norte da ilha após a invasão turca em 1974, que expulsou muitos cristãos.
No obituário, a Igreja de Chipre recordou o “seu amor pela Igreja”, testemunhado também pelas muitas igrejas que ele erigiu e inaugurou, ou reparou e restaurou.
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