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A menina que deu uma rosa de prata ao Papa durante a viagem à Coreia, em 2014 A menina que deu uma rosa de prata ao Papa durante a viagem à Coreia, em 2014 

Papa encontra grupo de coreanos, como produtores do filme sobre o santo André Kim

O filme biográfico "The Birth" foi produzido por ocasião do bicentenário de nascimento do primeiro sacerdote católico coreano martirizado com apenas 25 anos de idade, em 1846. Uma prévia da obra será apresentada nesta quarta-feira (16), no Vaticano, com lançamento previsto nos cinemas da Coreia em 30 de novembro. Na Praça São Pedro, Francisco também encontrou a menina que, em 2014, o presenteou com uma rosa de prata.
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Andressa Collet - Vatican News

Antes da Audiência Geral desta quarta-feira (16) na Sala Paulo VI, o Papa Francisco encontrou cerca de 30 pessoas da Coreia do Sul, entre produtores e atores do filme "The birth", sobre o Santo André Kim Tae-gon, o primeiro sacerdote e mártir católico coreano. O grupo, que ouviu um breve discurso feito espontaneamente pelo Pontífice, estava acompanhado do cardeal Lazzaro You Heung-sik, prefeito do Dicastério para o Clero; o reitor do santuário dos santos mártires que o Papa visitou em agosto de 2014; e também a criança, hoje uma menina, que naquela oportunidade ofereceu uma rosa de prata a Francisco.

O Pontífice, em agosto de 2021, por ocasião do bicentenário de nascimento de André Kim, chegou a descrever o sacerdote como "um testemunho exemplar de fé heroica e um apóstolo incansável da evangelização em tempos difíceis, marcados pela perseguição e pelo sofrimento de seu povo".

Filme será apresentado no Vaticano

Uma prévia da obra cinematográfica será apresentada nesta quarta-feira (16), às 17h30, hora local, na Sala Nova do Sínodo, no Vaticano. A exibição acontece após a coletiva de imprensa na semana passada e antes da estreia nas salas da Coreia do Sul no próximo dia 30 de novembro. O filme, do diretor Park Heung-sik, é estrelado pelo ator principal, Yoon Si-Yoon.

Na coletiva de imprensa, o diretor disse que "o filme é ambientado na Dinastia Joseon (1392-1910), mas também apresenta cenas associadas à China, França, Grã-Bretanha e Filipinas". Porém, como a pandemia limitou as viagens ao exterior, as imagens foram gravadas em toda a Coreia e outras foram geradas por computador. Outra questão diz respeito aos idiomas já que o sacerdote André Kim aceitou a cultura ocidental através das línguas, da educação e da religião. Assim, no filme, o ator que interpretou o mártir, Yoon Si-Yoon, falou em francês, latim e chinês.

Em 2021, a Unesco celebrou o aniversário de 200 anos do nascimento do mártir e o escolheu como monumento mundial. O filme biográfico, então, foi produzido para comemorar a ocasião do bicentenário.

A vida do Santo André Kim

O filme é baseado justamente na vida do sacerdote André Kim, nascido em 1821 numa família de princípios cristãos. Mas a obra, segundo a agência de notícias Yonhap de Seul, focaliza especificamente o período em que foi estudar num seminário em Macau, com a ordenação até quando foi vítima da opressão religiosa durante a Dinastia Joseon. Ele foi preso e perseguido, sendo decapitado em 1846 por não querer se arrepender, com apenas 25 anos de idade.

O pai de André, Joseph, também foi morto com ele. Quando o filho foi preso, apresentou-se às autoridades, declarando-se cristão. Foi batizado pelo filho na prisão, antes de receber com ele a coroa do martírio. André Kim com o pai Joseph e outros 101 mártires foram proclamados santos por João Paulo II em 1984, por ocasião do segundo centenário da fundação da Igreja Católica na Coreia. Outros 124 foram beatificados pelo Papa Francisco em 16 de agosto de 2014, durante a sua viagem apostólica ao país, mostrando "com alegre esperança que o bem prevalece sempre, porque o amor de Deus vence o ódio".

Atualização às 15h53

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16 novembro 2022, 12:00