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Card. Braz de Aviz: Dez anos de pontificado, mas sobretudo de amizade e estima

Com o cardeal brasileiro, são dez anos de amizade, mas - sobretudo - de estima recíproca. Dom João Braz de Aviz é o segundo chefe de Dicastério mais longevo deste pontificado. Com o cardeal suíço Kurt Koch, à frente do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos, ambos foram nomeados ainda no pontificado de Bento XVI e Francisco decidiu mantê-los na Cúria Romana.

Bianca Fraccalvieri - Vatican News

Dez anos de pontificado e dez anos de colaboração ininterrupta: Dom João Braz de Aviz, de fato, não celebra somente os 10 anos da eleição de Francisco - da qual inclusive participou -, mas também uma parceria que faz do cardeal brasileiro o segundo chefe de Dicastério mais longevo deste pontificado.

Ouça a entrevista com Dom João Braz de Aviz

Assim como Dom João, o cardeal suíço Kurt Koch, à frente do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos, foi nomeado ainda no pontificado de Bento XVI. E foram essas duas "heranças" que Francisco manteve na Cúria Romana.

Nesta longa entrevista ao Vatican News, Dom João recorda o dia da eleição, os momentos vividos juntos em Aparecida, quando ainda eram arcebispos e guiavam Brasília e Buenos Aires.

Aliás, foi durante a V Conferência do Episcopado Latino-americano e Caribenho que Bergoglio notou Braz de Aviz e o indicou para o cargo que ocupa ainda hoje no Vaticano, isto é, de prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.

Na entrevista, Dom João fala do novo ímpeto que o Papa deu à vida consagrada ao promover uma profunda reflexão sobre a vida em comunidade, sobretudo no que diz respeito à obediência e ao uso dos bens.

São dez anos de amizade, mas - sobretudo - de estima recíproca. No retiro quaresmal deste ano de 2023, a pedido de Francisco, cada cardeal escolheu um local para meditar. Dom João foi até Santa Marinella, pequena cidade no litoral romano, e levou consigo três livros: a Bíblia, os documentos do Concílio Vaticano II e a encíclica Fratelli tutti.

"Foram anos de um caminho muito intenso de proximidade. Uma das características do Papa Francisco é estar perto da gente. Não pesa o fato de que ele é Pedro para nós, de que ele é o Papa para nós. A gente nota nele um amigo, uma pessoa muito sincera, uma pessoa muito presente e muito capaz de acompanhar de modo profundo aquilo que a gente sente. Eu, nesses dez anos, tive muita alegria de um relacionamento muito próximo e de muita confiança e sem fugir das dificuldades, dos momentos difíceis, dos problemas reais. Tratamos tudo sempre com muita abertura e sempre foi possível ver nele uma solução ou uma espera de uma solução com confiança. Eu, nesses dez anos, não tem um momento em que eu possa dizer 'houve uma ruptura, uma dificuldade', porque vejo um homem que nos orientou e nos orienta para uma força da Igreja neste momento, que é a força do Evangelho."

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13 março 2023, 12:39