Papa encontra organizadores da Vigília Ecumênica de 30 de setembro
Antonella Palermo e Andressa Collet - Vatican News
O encontro de quatro dias em Roma dos organizadores da Vigília de Oração Ecumênica "Together", que será realizada em 30 de setembro na Praça São Pedro e vai abrir a sessão da Assembleia Geral do Sínodo sobre a Sinodalidade, terminou na manhã desta quarta-feira (15) com uma audiência privada com o Papa Francisco no Vaticano. Cerca de 70 pessoas de toda a Europa se reuniram para experimentar mais um passo de fraternidade e educação no processo sinodal, em plena colaboração com o Dicastério para a Unidade dos Cristãos, o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida e o Vicariato de Roma.
O incentivo do Papa
O encontro com o Papa Francisco, antes da tradicional Audiência Geral de quarta-feira na Praça São Pedro, serviu para renovar o encorajamento e enfatizar mais uma vez que as diferenças teológicas no ecumenismo não nos impedem de rezar juntos. O grupo relata que o Pontífice também lembrou algumas de suas próprias experiências ecumênicas juvenis, parando para observar quanto progresso foi feito desde o período antes do Concílio, quando havia um clima de distanciamento e desconfiança em relação aos membros de outras Igrejas, até hoje.
Ao recapitular a atmosfera do encontro no Vaticano, Fr. Alois comentou que o Papa disse "para não ter medo: mesmo se o Espírito Santo às vezes cria um pouco de desordem, depois vem a harmonia. O Sínodo não é um parlamento, mas uma harmonia que vem do Espírito Santo. É muito corajoso que o Papa tenha lançado este caminho de abertura ao Espírito Santo. Em Taizé, somos muito gratos por isso".
A vigília será aberta a todos
Os dias de preparação à Vigílica Ecumênica de setembro foram marcados pelo encontro com o Padre Davide Carbonaro, pároco de Santa Maria no Pórtico, em Campitelli, e responsável pelo caminho sinodal da Igreja de Roma, por momentos de assembleia e laboratórios na Cúria Geral da Companhia de Jesus, e por visitas para conhecer várias realidades em nível ecumênico (Igreja Metodista, Centro Anglicano, Faculdade Waldensiana...). Em particular, houve também a oportunidade de conhecer e apreciar melhor o trabalho, orientado ecumenicamente, com migrantes e refugiados que chegam a Roma através dos corredores humanitários. Os organizadores também querem se abrir a essas pessoas, que viveram a aventura do desapego e da acolhida em uma terra diferente da sua: "eles fazem parte do povo de Deus", diz a Irmã Natalie Bequart, subsecretária do Sínodo dos Bispos, "e gostaríamos que participassem da vigília junto com todos aqueles que vivem à margem".
O Fr. Alois se diz muito agradecido por toda essa colaboração, "em caminhar junto com pessoas de diferentes comunidades, movimentos, Igrejas que ainda não se conheciam, mas que começaram a fazê-lo. Esse encontro que tivemos é como uma pequena imagem do que queremos experimentar no dia 30 de setembro aqui na Praça São Pedro, quando os cristãos de todas as Igrejas irão celebrar juntos a unidade que vem de Cristo".
A sinodalidade e o ecumenismo aprendidos através da prática
A sinodalidade se aprende praticando, e o mesmo se aplica ao ecumenismo. Anne-Laure Danet, pastora protestante de Paris, também está convencida disso. Ela enfatiza a importância de estar envolvida na oração no Vaticano na véspera da Assembleia Sinodal: "é uma extraordinária oportunidade de experimentar o que chamamos de 'ecumenismo solidário', o que significa precisamente encontrar momentos de oração juntos. Porque sem amizade não há ecumenismo. Acreditamos na unidade reconciliada", explica ela, "nestes dias o foco tem sido a escuta da Palavra de Deus e o mesmo será realizado em setembro. O desafio é mobilizar não apenas os chefes das Igrejas, mas todo o Povo. Como se diz", acrescentou ela, "sozinhos vamos rápido, mas juntos vamos longe".
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