O Papa Francisco chega à Hungria
Andrea De Angelis - Vatican News
O Papa Francisco chegou ao Aeroporto Internacional de Ferenc Liszt, em Budapeste, na Hungria, nesta sexta-feira (28/04).
O avião tocou o solo húngaro às 9h53, hora italiana, 4h53 no horário de Brasília. O Papa foi saudado pelo núncio apostólico, dom Michael Banach, e pelo embaixador húngaro junto à Santa Sé, Eduard Habsburg-Lotharingiai. A seguir, foi a pé, com o auxílio de uma bengala, até os presentes.
Enquanto o sol brilhava na pista de pouso, o Papa foi acolhido pelo vice-primeiro-ministro e por um menino e uma menina em trajes tradicionais que lhe ofereceram pão e sal, símbolos da vida, da bênção e da boa sorte. Francisco partiu uma pequena porção de pão com a mão direita e a experimentou, sob os aplausos dos presentes. Eram dezenas as crianças que seguravam as bandeiras da Cidade do Vaticano e da Hungria.
Antes de ir para a sala Vip Lounge, houve a apresentação das delegações. Após esse breve encontro, o Papa se dirigiu ao Palácio Sàndor, a residência do presidente da República Húngara.
A segunda vez de Francisco em Budapeste
Na capital húngara respira-se todo o entusiasmo de uma comunidade ansiosa por voltar a receber o Papa, depois da primeira vez, dois anos atrás. Em 2021, houve um abraço por ocasião do Congresso Eucarístico Internacional. Francisco é o segundo Papa a fazer uma viagem apostólica à Hungria, depois das de João Paulo II em 1991 e 1996. Muita coisa mudou desde então. O país tinha acabado de se libertar do comunismo. Desde 2004, a Hungria faz parte da União Europeia. Registou um importante desenvolvimento econômico e a cidade de Budapeste tornou-se, ao longo dos anos, um importante destino turístico internacional. Hoje, porém, o olhar também está voltado para a fronteira nordeste, com a Ucrânia. De fato, mais de um milhão de ucranianos cruzaram a Hungria após o início da guerra, desde o final de fevereiro de 2022.
Alegria e gratidão
Em Budapeste, há alegria pela chegada de Francisco. Nos jornais húngaros, a notícia estava em todas as primeiras páginas, com a manchete "Onde está Pedro, está a Igreja". Os noticiários de rádio e TV dedicam a abertura a esta visita histórica. Também em Budapeste existe um forte sentimento de gratidão para com o Papa, peregrino da paz, portador de esperança não obstante os seus recentes problemas de saúde. A cidade dá as boas-vindas ao sucessor de Pedro num ano particularmente significativo: as fronteiras modernas de Budapeste foram de fato traçadas em 1873, exatamente 150 anos atrás, quando se uniram as cidades montanhosas de Buda e Obuda, a oeste, e Peste, na planície da margem leste do Danúbio.
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