O Papa saúda os jornalistas no voo para Budapeste. Acusações a Wojtyla: "Uma bobagem"
Salvatore Cernuzio – Vatican News
No voo para Budapeste, como é de costume em todas as viagens apostólicas, o Papa Francisco cumprimentou os 73 jornalistas (incluindo 8 húngaros) de dez nacionalidades que o acompanhavam no avião da ITA Airways que decolou esta manhã (28/04) de Roma Fiumicino. "Boa viagem a todos!", disse Francisco aos repórteres e técnicos que o acompanhavam na viagem à Hungria. Brincando com o microfone que inicialmente apresentou problemas de áudio disse: "Isso é como crianças mimadas, percebe-se...".
As acusações contra João Paulo II
O Pontífice cumprimentou os jornalistas um a um, apertando as mãos e trocando palavras e brincadeiras. A correspondente da agência polonesa PAP, em particular, agradeceu-lhe por sua defesa de João Paulo II, ou seja, as palavras pronunciadas no Regina Caeli de 16 de abril passado, em referência às observações feitas na TV ao vivo pelo irmão de Emanuela Orlandi, a cidadã vaticana de 15 anos desaparecida há 40 anos. Pietro Orlandi, relatando o conteúdo de um áudio, falava de supostos hábitos do Papa polonês, que saía à noite com dois monsenhores "certamente não para abençoar casas". "Inferências ofensivas e infundadas", disse o Papa da janela do Palácio Apostólico durante o Regina Caeli. "Uma bobagem", disse hoje à jornalista conterrânea do Papa Wojtyla.
Um presente em memória dos migrantes que morreram em Cutro
Em seguida, o Papa respondeu com um sorriso às perguntas sobre sua saúde, depois de ter sido internado no Hospital Gemelli por causa de uma bronquite infecciosa, e agradeceu os vários presentes que recebeu dos jornalistas. Os mais significativos foram uma mamadeira de bebê e uma bússola. Eles foram entregues por Eva Fernández, jornalista espanhola da Radio Cope, conhecida pela singularidade e originalidade dos presentes oferecidos ao Pontífice em cada viagem apostólica. A mamadeira e a bússola de hoje são uma lembrança do dramático naufrágio ocorrido em Cutro, na Calábria, em 26 de fevereiro passado, que causou a morte de mais de 80 pessoas. Uma tragédia pela qual o Papa expressou toda a sua dor.
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