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Playground e prédios destruídos por mísseis russos em Borodyanka. (Photo by Dimitar Dilkoff) Playground e prédios destruídos por mísseis russos em Borodyanka. (Photo by Dimitar Dilkoff) 

Ao menos 480 crianças ucranianas mortas desde início da guerra. Papa confia população à Rainha da Paz

O governo ucraniano informou na terça-feira, 2, que ao menos 480 crianças ucranianas foram mortas desde o início da agressão russa, em fevereiro de 2022. Outras 960 ficaram feridas. Papa voltou a pedir a proteção divina para a "martirizada população ucraniana".

Jackson Erpen – Cidade do Vaticano

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“Encorajo-vos a conhecer Maria mais profundamente, a entrar em intimidade com ela, para acolhê-la como Mãe espiritual e modelo de fidelidade a Cristo. A Ela, Mãe da consolação e Rainha da paz, confio a martirizada população ucraniana.”

“Martirizada população ucraniana”: também na Audiência Geral desta quarta-feira, como tem acontecido desde o início na guerra, o Papa Francisco voltou a dirigir seu olhar à população atingida pelo conflito no leste europeu, confiando-a à Maria, Mãe da consolação e Rainha da paz.

 

E entre as vítimas fatais do conflito que já dura mais de um ano, ao menos 480 crianças, segundo divulgado ontem, terça-feira, pelo gabinete do promotor de Kiev em seu canal Telegram, acrescentando que outras 960 ficaram feridos "devido à agressão armada em larga escala da Rússia". Mas "este número não é definitivo", acrescentou, porque "prosseguem os trabalhos" de identificação das vítimas "em locais onde as hostilidades ainda continuam, em territórios temporariamente ocupados e naqueles que foram libertados".

O maior número de crianças mortas regista-se na província de Donetsk, onde o procurador fala em 453 mortos e feridos, seguida por Kharkiv com 275. Por outro lado, são 128 crianças mortas ou feridas na província de Kiev e 94 em Kherson. Na província de Zaporizhzhia, onde está localizada a maior usina nuclear da Europa, 89 crianças morreram ou ficaram feridas, enquanto em Mykolaiv são 89, em Chernihiv 70, em Dnipropetrovsk 67 e em Luhansk 66.

O tema da paz foi uma constante nos pronunciamentos do Papa na recente viagem à Hungria. Interpelado por jornalistas no voo de regresso a Roma, além da acolhida de refugiados, falou do trabalho da diplomacia da Santa Sé, afirmando que, além da intermediação em “algumas situações de troca de prisioneiros”, está disposta a trabalhar pelo retorno à Ucrânia de crianças levadas à força para a Rússia: “é um problema de humanidade antes de ser um problema de troféu de guerra ou movimento de guerra. Todos os gestos humanos ajudam, ao invés disso, os gestos de crueldade não ajudam. Temos de fazer tudo o que é humanamente possível.”

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03 maio 2023, 09:56