Tuíte do Papa no dia do padre Kolbe: somente o amor extingue o ódio
Alessandro De Carolis – Vatican News
"Cavaleiro da Imaculada Conceição", quando ainda era um noviço de vinte e poucos anos, sonhava em renovar o mundo por meio da Mãe de Jesus, criando comunidade e publicando uma revista, apesar das limitações da tuberculose que o obrigava a fazer paradas periódicas e longas no sanatório. E depois "príncipe", quando, com seu uniforme de Auschwitz, carregava os cadáveres para o crematório com tal senso de piedade e dignidade que alguém no campo de concentração disse a seu respeito: "ele era um príncipe entre nós".
"Somente o amor abre espaço para o outro"
No dia 14 de agosto, a Igreja recorda o cavaleiro, o príncipe e o mártir Maximiliano Kolbe e, nesse mesmo dia, as palavras do Papa publicadas na conta do Twitter @Pontifex soam como uma síntese da mensagem que o santo polonês deixou com o testemunho de sua vida: "Somente o amor extingue o ódio, somente o amor vence até o fim a injustiça. Somente o amor abre espaço para o outro. Somente o amor é o caminho para a plena comunhão entre nós".
A história do fundador da Milícia da Imaculada é mais do que conhecida: ele se tornou beato prematuramente (a causa foi aberta em 1960, bem antes dos 50 anos de sua morte - ocorrida em 14 de agosto de 1941 - previstos então pelo Direito Canônico) e depois santo graças a João Paulo II em 1982. Uma história exemplar de heroísmo cristão que sempre vale a pena ser lembrada. Preso pelos nazistas em fevereiro de 1941, juntamente com outros irmãos, o padre Maximiliano entrou em Auschwitz no dia 28 de maio seguinte.
"Só o amor cria"
O inferno do campo conta com pequenos ângulos de paraíso graças à capacidade do religioso, número de série 16670, de saber suportar a crueldade e consolar seus companheiros de prisão. Quando um deles conseguiu escapar, a represália nazista foi desencadeada, trancando 10 internos para morrer no bunker da fome, e o padre Kolbe, alegando ser um sacerdote católico, ofereceu-se para tomar o lugar de um pai de família polonês, Franciszek Gajowniczek, um homem que até seus últimos dias, em 1995, não parava de contar a enormidade do gesto que salvou sua vida. O Padre Maximilian durou 14 dias no bunker, depois foi morto com uma injeção de fenol e levado para os fornos crematórios na véspera da Festa da Assunção. O testamento do cavaleiro e do príncipe são suas últimas palavras, ecoando o tuíte do Papa: "O ódio não serve a nada, somente o amor cria".
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