Papa: há uma necessidade urgente de uma economia nova e "iluminada"
Thulio Fonseca – Vatican News
Nesta sexta-feira, 29 de setembro, o Papa Francisco enviou uma mensagem aos organizadores e participantes do Festival de Economia Civil de Florença. O evento, em sua quinta edição, busca, sob a perspectiva das gerações jovens, encontrar respostas através da economia civil, para os choques e desafios locais na era da inteligência artificial e da transformação social. O objetivo é promover o bem-estar, a generatividade e a sustentabilidade, superando os limites do individualismo, do desespero e da pobreza de significado.
No início da mensagem, o Papa destaca que "há uma necessidade urgente de uma economia nova e iluminada para enfrentar a mudança de época e os desafios assustadores que estamos enfrentando". O Santo Padre enfatiza que os temas discutidos são de grande importância, pois, se não forem tratados, representam uma ameaça ao nosso futuro no planeta.
A busca por uma resposta
Francisco chama a atenção para a necessidade de uma visão mais profunda, inspirada na ecologia integral, que nos faz entender que na raiz desses distúrbios que desestabilizam a convivência em todas as latitudes está um problema de empobrecimento do sentido de viver.
"A Economia Civil possui muitas ferramentas para lidar com esses problemas, enquadrá-los da maneira correta e oferecer caminhos para a resposta. Para que isso seja cada vez mais comum e eficaz, é necessário superar o reducionismo e os clichês."
O caminho do bem-estar
Segundo o Pontífice, essa economia "iluminada" precisa de diretrizes abrangentes que ajudem a sociedade a trilhar o caminho do bem-estar e da generatividade, bem como de uma política, incluindo a econômica, enriquecida pela participação, pela cidadania ativa e pelas escolhas responsáveis dos cidadãos, seguindo a lógica da subsidiariedade, que é a base da democracia.
O desafio deve ser enfrentado em conjunto
Ao final de sua mensagem, o Papa pede aos participantes do festival que não se limitem a teorias nessa direção, mas que tenham como missão unir todas as pessoas de boa vontade: "vejam a economia e o mundo pelos olhos dos mais pobres, dos marginalizados, dos descartados. Trabalhem com eles e para eles", enfatiza Francisco.
"Que vocês se empenhem com coragem e paixão, mas, acima de tudo, que possam convergir, fazendo com que o que nos une prevaleça sobre as muitas distinções que, por vezes, enfraquecem o poder da bondade com a mais nobre das intenções. Somente juntos poderemos enfrentar os desafios de nosso futuro com coragem e criatividade".
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