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6º Fórum de Paris sobre a Paz (AFP) 6º Fórum de Paris sobre a Paz (AFP)

Mensagem do Papa ao 6º Fórum de Paris sobre a Paz

Por ocasiāo do 6º Fórum de Paris sobre a Paz, o Papa Francisco enviou uma mensagem assinada pelo Secretário de Estado, o cardeal Pietro Parolin.

Padre Pedro André, SDB - Vatican News

O 6º Fórum de Paris sobre a Paz está sendo realizado na Capital Francesa, nos dias 10 e 11 de novembro. Reune representantes dos governos de vários países para chegar a acordos sobre soluções coletivas eficazes para os desafios do século XXI. O tema desta ediçāo é “Construir em conjunto num mundo de rivalidades.”

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Na mensagem enviada pelo Papa e assinada pelo Secretário de Estado, o cardeal Pietro Parolin, lê-se que “Sua Santidade o Papa Francisco tem o prazer de se juntar a vocês nesta mensagem de encorajamento, na esperança de que este encontro - cujo objetivo é fortalecer o diálogo entre todos os continentes a fim de promover a cooperação e o diálogo internacionais - possa contribuir para a construção de um mundo mais justo, unido e pacífico.”  

Um sinal de esperança

Ao falar sobre o contexto global atual, com tantas guerras em curso, o desejo do Papa é que este Fórum seja “um sinal de esperança. Ele espera que os compromissos assumidos incentivem o diálogo sincero, baseado na escuta dos clamores de todos aqueles que sofrem por causa do terrorismo, da violência generalizada e das guerras, todos flagelos que beneficiam apenas determinados grupos, alimentando interesses particulares, infelizmente muitas vezes disfarçados de intenções nobres.”

Segundo o Papa “a construção da paz é um processo lento e paciente que requer a coragem e o compromisso prático de todas as pessoas de boa vontade que se preocupam com o presente e o futuro da humanidade e do planeta”, por isso “a Santa Sé reconhece particularmente o direito humano à paz, que é uma condição para o exercício de todos os outros direitos humanos.”

Ao falar sobre o 75º aniversário da adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos o Papa recorda que “para milhões de pessoas em todos os continentes, a lacuna persistente entre os compromissos solenes assumidos em 10 de dezembro de 1948 e a realidade ainda precisa ser superada e, às vezes, de maneira muito urgente.”

A guerra é sempre uma derrota da humanidade

Mais uma vez o Papa afirmou que “a guerra é sempre uma derrota da humanidade” e que  “nenhuma guerra vale as lágrimas de uma mãe que viu seu filho ser mutilado ou morto; nenhuma guerra vale a perda da vida de um único ser humano, um ser sagrado criado à imagem e semelhança do Criador; nenhuma guerra vale o envenenamento de nossa casa comum; e nenhuma guerra vale o desespero daqueles que são forçados a deixar sua terra natal e são privados, de um momento para o outro, de seu lar e de todos os laços familiares, de amizade, sociais e culturais que foram construídos, às vezes ao longo de gerações. A paz não se constrói com armas, mas através da escuta paciente, do diálogo e da cooperação, que continuam sendo os únicos meios dignos da pessoa humana para resolver as diferenças.”

No final da mensagem o Papa Francisco reiterou “o apelo incessante da Santa Sé para que as armas sejam silenciadas, para que a produção e o comércio desses instrumentos de morte e destruição sejam repensados e para que o caminho do desarmamento gradual, mas completo, seja resolutamente perseguido, de modo que as razões para a paz possam finalmente ser sentidas em alto e bom som!”

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10 novembro 2023, 11:29