Padre Maccalli encontra o Papa: contei a minha história de perdão e liberdade
Fabrizio Peloni
"No momento em que eu estava prestes a me tornar livre, disse a um dos meus carcereiros: 'que Deus nos faça entender um dia que somos todos irmãos'". É assim que o Padre Pier Luigi Maccalli, missionário da Sociedade das Missões Africanas, presente na Praça São Pedro para a Audiência Geral com o Papa Francisco na última quarta-feira (15), conta os últimos momentos do seu sequestro em 2018 nas mãos de fundamentalistas islâmicos no Níger.
Ao Papa, "trouxe minha história - contida no livro Redes de Liberdade - sobre o que vivi por dois anos, mantido em cativeiro no deserto do Sahel, no Mali", diz o missionário. "Agora estou livre para liberar o perdão e cortar pela raiz todo início de violência", está escrito no que, ele ressalta, "não é um 'diário de prisão', mas uma história de perdão, de trabalho interior, de grande silêncio, de purificação, de retorno às origens, ao essencial e, ao mesmo tempo, de um caminho. Sim, um processo no qual as correntes do ódio acabam sendo quebradas".
O Padre Maccalli fala da sua experiência de se sentir "um missionário livre mesmo acorrentado, em plena harmonia com o Papa Francisco, com o estilo das periferias". E ao Pontífice apresentou também alguns dos seus pensamentos, escritos recentemente, precisamente "sobre a importância da fraternidade entre os homens, sobre a paz que deve ser perseguida de todas as maneiras, não alimentando mais ódio neste tempo de guerra"
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