Papa recorda 80 anos da morte da Família Ulma, beatificada em 2023
Andressa Collet - Vatican News
Na catequese da Audiência Geral desta quarta-feira (6), o Papa refletiu sobre a soberba, vício de homens que "querem ser como Deus" e se sentem superiores aos demais, levando a consequências como o envenenamento da fraternidade e a morte de inocentes. A Família Ulma, por exemplo, beatificada na Polônia em setembro do ano passado, foi assassinada pelos nazistas alemães durante a II Guerra Mundial por oferecer abrigo a oito judeus.
Pela primeira vez uma família inteira foi beatificada pela Igreja de uma só vez. O massacre aconteceu em 24 de março de 1944. Neste mês, então, são celebrados os 80 anos da morte dos mártires e uma delegação da Polônia participou da Audiência Geral, sendo citada no texto do Papa Francisco na saudação os poloneses, lido por mons. Pierluigi Giroli, já que o Papa ainda se recupera de um resfriado. O grupo veio da região sudeste, uma das mais pitorescas do país, com locais que fazem parte da lista do Patrimônio Mundial da Unesco.
O plantio da macieira foi realizado após a Audiência Geral, no final da manhã desta quarta-feira (6), pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin. No local, foi colocada uma placa de identificação da árvore frutífera em recordação aos 80 anos da morte dos "Justos entre as Nações, Józef e Wiktoria Ulma junto aos filhos". Além dessa homenagem, um grupo liderado pelo arcebispo Adam Szal, também apresentou ao Papa Francisco uma imagem da Família Ulma em um quadro, ao final da catequese.
O martírio da Família Ulma
Józef Ulma e sua esposa Wiktoria Niemczak moravam no vilarejo de Markowa na Polônia, uma comunidade agrícola profundamente católica. Tinham seis filhos: o mais velho tinha 8 anos e a caçula 1 ano e meio. Sua esposa estava grávida esperando o sétimo. Eles foram assassinados na porta de casa diante das crianças e de muitos habitantes locais, obrigados a assistirem como advertência a todos. Depois, os nazistas atiraram nos seis filhos com uma frieza barbárica.
Em 1955 a família Ulma foi colocada na lista dos “Justos entre as Nações”, prêmio instituído pelo Memorial do Holocausto como reconhecimento a todos os não judeus que durante a II Guerra Mundial salvaram vidas de judeus perseguidos pelo regime nazista. Em Markova foi construído um monumento em memória da Família Ulma e de todos os poloneses que sacrificaram a vida para salvar os judeus.
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