Francisco em Trieste: encontro com migrantes e portadores de necessidades especiais
Adriana Masotti - Cidade do Vaticano
O anúncio de alguns detalhes do programa da visita do Papa Francisco a Trieste, em 7 de julho, foi divulgado hoje, 03 de maio, por ocasião da apresentação da 50ª Semana social dos católicos na Itália, que será realizada de 3 a 7 de julho na capital da região italiana de Friuli Venezia Giulia e terá como tema: "No coração da democracia. Participar entre a história e o futuro".
Papa Francisco em Trieste no dia 7 de julho
De acordo com informações do bispo, dom Enrico Trevisi, Francisco chegará de helicóptero ao Centro de Convenções Gerais, em Trieste, próximo ao Porto Vecchio, às 8h (hora local), e será recebido pelas autoridades civis e religiosas, incluindo o presidente da Conferência Episcopal Italiana, cardeal Matteo Maria Zuppi. Em seguida, haverá um encontro entre Francisco e os participantes da Semana social e, depois, uma reunião com representantes de outras igrejas cristãs e religiões presentes na cidade e do mundo acadêmico, bem como com um grupo de migrantes e portadores de necessidades especiais. No final, o Papa, a bordo de um carro aberto, irá à Praça Unidade para a celebração da missa e a recitação do Angelus. A partida do cais de Audace para o retorno ao Vaticano está prevista para 12h30.
O presidente Mattarella abrirá os trabalhos
O congresso anual dos católicos na Itália será encerrado com a presença do Papa. Presente na abertura dos trabalhos o Presidente da República Italiana, Sergio Mattarella, no dia 3 de julho. O tema central da Semana, para a qual são esperados mais de mil delegados, é o da participação dos cidadãos na vida democrática, com a apresentação de "boas práticas" e incluirá palestras, workshops e eventos promovidos também em várias praças da cidade. Segundo o secretário-geral da Conferência Episcopal Italiana, dom Giuseppe Baturi, que havia anunciado a visita do Papa em janeiro, a presença de Francisco e do presidente Mattarella "destaca a importância que o encontro de Trieste tem para a vida de todo o país", no qual se pretende oferecer "a contribuição dos católicos para responder aos desafios que a Itália, a Europa e o mundo são chamados a enfrentar".
O fluxo migratório dos Bálcãs
"Não podemos falar de participação, democracia, bem comum e depois nos esquecermos das pessoas frágeis", disse dom Trevisi na manhã desta sexta-feira, durante uma coletiva de imprensa. "A maturidade de uma democracia também depende de como as pessoas frágeis são acolhidas e integradas". Referindo-se à situação local, o bispo explicou que Trieste está na rota dos Bálcãs e que a imigração "é um tema que sabemos que é desafiador e complexo, e o Papa nos chama a sermos capazes de uma acolhida digna". O prelado então mencionou a estrutura dilapidada, sem instalações sanitárias, água e eletricidade, localizada perto da estação de trem da cidade, onde muitos migrantes encontraram refúgio por algum tempo e que, de acordo com Trevisi, representa "uma situação indigna" para a qual, disse ele, "esperamos uma solução".
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