Papa recebe bispos da Guiné em visita ad Limina
Vatican News
Na manhã de sexta-feira, 21 de junho, o Papa recebeu em audiência os bispos da Guiné, em visita ad Limina Apostolorum. Dom Raphaël Balla Guilavogui, bispo de N'Zérékoré e Presidente da Conferência Episcopal da Guiné, concedeu uma entrevista à Agência Fides, em que afirmou: “A Igreja na Guiné é jovem e dinâmica”.
Dom Raphael, o que isso significa?
“Somos uma Igreja jovem, porque, em 2027, comemoraremos 150 anos de evangelização da Guiné. Somos uma comunidade minoritária importante porque dos 13 milhões de guineenses, os cristãos de todas as denominações representam 10%, enquanto os católicos um pouco mais de 6%. Ao mesmo tempo, somos uma Igreja dinâmica, se considerarmos que, durante apenas um ano, tivemos a nomeação de três novos Bispos. Agora, somos 6 Bispos e 5 dioceses, duas das quais muito recentes. O terceiro Bispo, nomeado recentemente, é Dom François Sylla, arcebispo coadjutor de Conacri”.
A Guiné foi evangelizada por missionários europeus e agora continua com o clero local?
“A Guiné foi evangelizada pela Congregação dos Padre Espiritanos, os pioneiros a chegar àquelas terras, em 1877; depois, chegaram também os Padres Brancos (Missionários da África), em 1914. Atualmente o clero é composto, na sua maioria, por sacerdotes locais, cerca de 214 sacerdotes diocesanos. Também temos um bom número de vocações sacerdotais e religiosas”.
A Igreja na Guiné é dinâmica também em nível social?
“O papel social da Igreja é apreciado por todos, sobretudo, em âmbito educacional. Desde o início, a Igreja desempenhou um papel importante em nível social, mediante a criação de escolas, centros de formação, centros de saúde etc. Atualmente, a Igreja mantém várias escolas dirigidas, em grande parte, por religiosos e religiosas, não obstante a maioria dos alunos sejam muçulmanos. A Igreja acolhe a todos”.
Muitos jovens deixam a Guiné em busca de uma vida melhor na Europa. O que a Igreja diz a este respeito?
“Em nível social, a Igreja está comprometida também em informar e formar os muitos jovens, que se aventuram na emigração ilegal. Através do treinamento “Livres para sair ou ficar”, a Organização Católica para a Promoção Humana (OCPH) e a Caritas Guiné busca explicar aos jovens os riscos e as dificuldades que deverão enfrentar. Eles devem estar bem cientes e conscientes disso. Muitos deles voltam depois de tentar chegar à Europa. Por isso, estamos criando centros para ajudar os migrantes, que regressam à Guiné, para que possam se reintegrar na sociedade”.
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