Papa: todos são bem-vindos à Basílica de São Pedro, quem tem fé e quem busca a fé
Andressa Collet - Vatican News
"Estive outro dia ali para ver. É maravilhoso o que vocês fazem", disse o Papa Francisco à uma delegação de técnicos e parceiros da Fábrica de São Pedro sobre a sua visita à Basílica Vaticana para conferir os projetos que estão sendo desenvolvidos na "casa de oração para todos os povos (cf. Is 56,7; Mt 21,13)". O grupo de 40 pessoas - que compõe a instituição da Santa Sé responsável em manter, cuidar e administrar o edifício, além de acolher peregrinos e visitantes - foi recebido pelo Pontífice para uma audiência nesta segunda-feira (11/11), na Sala do Consistório, no Vaticano.
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Em discurso, o Papa agradeceu o trabalho realizado com "diligência" e "criatividade" em benefício da Basílica de São Pedro - que também não deixa de ser um presente a todos cuidar dela, "tanto em sentido espiritual quanto material, mesmo por meio das tecnologias mais recentes". Uma tarefa que também exige "responsabilidade", alertou Francisco, para "o uso correto e construtivo de um potencial que é certamente útil, mas ambivalente", porque às vezes pode haver uma sopreposição de propósitos: a técnica com as suas intervenções não pode se tornar mais importante que a obra. A Basílica de São Pedro, recordou o Pontífice, deve ser sempre e para todos os visitantes "um lugar vivo de fé e de história, morada hospitaleira, templo de encontro com Deus e com os irmãos que vêm a Roma de todas as parte do mundo":
Assim como todos chegam à Basílica para se direcionar ao seu "núcleo original" que é o túmulo do Apóstolo Pedro, os projetos da Fábrica de São Pedro devem ter o mesmo propósito de "acompanhar os homens e as mulheres de hoje; apoiar o caminho deles como discípulos" orientados por três critérios "corporais e espirituais", explicou o Papa, para ordenar "de forma inteligente" o trabalho. O primeiro é a escuta da oração, podendo adotar tecnologias para favorecer a participação interativa das pessoas, mas "sobretudo, consciência delas do lugar sagrado, que é um espaço de meditação". Em segundo lugar, o olhar de fé, usando ferramentas modernas, mas "com um estilo missionário, não turístico, sem buscar a atratividade de efeitos especiais". E, finalmente, o toque do peregrino, dando atenção a projetos realizados "a serviço do povo de Deus" como sempre aconteceu ao longo dos séculos, tanto em relação a obras de arte visíveis como escondidas - aquelas dos confessores, disse o Papa, ao acrescentar:
"Por favor, que haja sempre confessores à disposição. As pessoas vão, ouvem alguma coisa, até os não cristãos se aproximam para pedir uma bênção, alguma coisa... Há neste mundo tão artístico e bonito, há também a arte da comunicação pessoal... E, por favor, digam aos confessores de perdoar tudo, tudo, tudo! Tudo deve ser perdoado! O Senhor quer isso e não fazer discursos: 'não, você deve...'. Não, nada de “você deve”. Eu o perdoo e siga em frente, o Senhor.... Perdoar, não tanto pregar ali, algumas palavras devem ser ditas, mas perdoe. Que ninguém seja mandado embora. E mesmo aqueles que não são cristãos - os confessores me dizem que muitas vezes são pessoas muçulmanas ou de outras religiões que se aproximam para pedir uma bênção. Sempre deem as bênçãos a todos e, àqueles que querem se confessar, perdoem todos, todos, todos!"
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