Papa envia mensagem a detentos de Sollicciano
Silvonei José - Vatican News
O arcebispo de Florença, dom Gherardo Gambelli, celebrou a missa na tarde desta quinta-feira (19/12) com os detentos da prisão de Sollicciano. Concelebrando com ele estava o cardeal Ernest Simoni, que havia sido convidado pelo arcebispo a se unir a ele em sua visita de Natal à penitenciária florentina.
Informado sobre a presença do card. Simoni, o Papa Francisco lhe enviou uma mensagem para levar aos detentos, que foi lida no final da missa:
“Desejo abraçar todos os detentos aos quais asseguro minha proximidade humana e espiritual. Eu os convido a sempre confiar em Deus, o Pai bom e misericordioso. Vamos todos acolher Jesus que nasceu e enche nossos corações de confiança e esperança. Desejando um Santo Natal e um Ano Novo de paz, concedo cordialmente minha bênção paterna a você, aos irmãos detentos, às suas famílias e aos funcionários da prisão. Abraço a todos e peço, por favor, que rezem por mim”.
Retomando o Evangelho em sua homilia, o arcebispo Gambelli levou aos prisioneiros uma proclamação de esperança, a mensagem central do Jubileu 2025, e se referiu à experiência de vida do cardeal Simoni. “O próprio nascimento de Jesus, que celebraremos em alguns dias”, disse dom Gambelli, ”ocorreu em uma situação difícil, de opressão, de pobreza, mas o Deus encarnado trouxe luz à história de todos nós. Nossa esperança está na certeza de que o Senhor nunca nos abandona em nossas misérias e erros, se estivermos dispostos a nos converter e aceitá-Lo. Ao confiar n’Ele, a prisão pode se tornar o lugar onde encontramos paz em nossos corações. O cardeal Simoni, que veio celebrar comigo hoje, sofreu 28 anos de prisão e trabalhos forçados, vítima da perseguição do regime comunista na Albânia. Sua presença entre vocês hoje evoca um sofrimento compartilhado, indica que a dignidade da pessoa deve ser sempre respeitada na justiça, mas, acima de tudo, testemunha que a força da fé se sustenta mesmo em momentos trágicos e consegue derrotar o mal”.
O padre Ernest Simoni foi preso na noite de Natal de 1963 e levado para a prisão de Scutari, onde começou sua longa prisão. Ele foi criado cardeal pelo Papa Francisco no Consistório de 2016 e hoje, aos 96 anos, continua seu incansável apostolado.
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