Krajewski: "O Papa me telefonou para apoiar a missão na Ucrânia"
Benedetta Capelli – Vatican News
"Uma brincadeira feita pelo Papa que mostra mais uma vez que mesmo durante o período de convalescença ele não perde o bom humor." Foi o que disse o esmoleiro do Santo Padre, cardeal Konrad Krajewski, que se encontra na Ucrânia há dias, em visita pela décima vez desde o início da guerra, numa entrevista à mídia vaticana. O esmoleiro do Papa recebeu um telefonema de Francisco no final de uma manhã de terça-feira (08/04) movimentada em Zaporizhzhia, durante a qual distribuiu ajuda alimentar, entregou medicamentos e as quatro ambulâncias doadas pelo Papa.
Um telefonema que conforta
"Foi um telefonema surpresa do Santo Padre", disse o cardeal. "Ele queria saber como estava indo a missão na Ucrânia. Ele me disse para cumprimentar a todos e deu sua benção. Eu disse a ele que estava muito frio e ele, que estava bem humorado, acrescentou: "Você sabe como se aquecer". Krajewski sorria enquanto contava o fato ocorrido, acrescentando que a ligação teve um efeito imediato, aquecendo o coração de todos.
O calor dos ucranianos
O cardeal então se deteve em seus compromissos, recordando a fila de pessoas carentes que esperavam desde as 5 da manhã pela distribuição de alimentos que começou 4 horas depois, demonstrando as grandes dificuldades vividas pela população local. "Foi um encontro muito significativo", acrescentou. "Nos olhos daquelas pessoas vi esperança, amor e apesar do frio nos agradeceram calorosamente. Elas esperam que todo esse desastre acabe logo". Em seguida, houve um encontro com os responsáveis pela saúde local de Zaporizhzhia, que receberam as ambulâncias. "Removemos as placas do Vaticano. Eles ficaram surpresos com o fato de estarem bem equipadas e partiram para os lugares onde há mais necessidade."
O presente dos medicamentos
O cardeal Krajewski sublinhou a grande contribuição dada por várias estruturas na coleta de medicamentos destinados à Ucrânia. "Os remédios", explicou ele, "foram arrecadados principalmente em Nápoles, onde, além da tradição do café suspenso (um café pago antecipadamente como um ato anônimo de caridade), há também a dos remédios suspensos em cerca de cem farmácias. Uma arrecadação no valor de cerca de duzentos mil euros". "Disseram-nos aqui que os remédios são uma grande ajuda", disse ainda o purpurado. Os medicamentos também foram oferecidos gratuitamente pela Farmácia Vaticana e pelo Hospital Gemelli, que doaram medicamentos para primeiros socorros. De um pequeno gesto nasceu uma grande onda de generosidade e solidariedade para com o martirizado povo ucraniano que vive em grande sofrimento há três anos por causa da guerra.
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