Crianças do Congo e Argentina beneficiadas com Concerto de Natal
Cidade do Vaticano
Artistas de todo o mundo participarão no dia 16 de dezembro no Vaticano, da 25ª edição do Concerto de Natal, que este ano destinará os fundos recolhidos para dois projetos educativos envolvendo crianças e jovens na República Democrática do Congo e na Argentina.
O evento a ter lugar na Sala Paulo VI, reunirá entre outros, Lola Ponce, Joaquín Cortés e Patthy Smith. E este ano, adquire este significado especial da caridade, como explicou Dom Vincenzo Zani, Secretário da Congregação para a Educação Católica, que patrocina o concerto.
Existe “a atenção aos pobres e aos últimos – recordou ele - que o Papa sublinhou ao instituir um Dia Mundial dos Pobres e há também o 50º aniversário – em 1º de janeiro de 2018 – do Dia Mundial da Paz”.
“Paz na terra e entre os pobres , explica Dom Zani. É por isto que, como Congregação para a Educação Católica, decidimos patrocinar o evento, porque a paz, a acolhida, a fraternidade, são construídas com a educação e a formação, instrumentos de resgate da pessoa. Não se trata de uma paz feita de palavras, mas de gestos concretos”.
Por isso, a escolha da modalidade dos projetos a serem apoiados este ano. Os protagonistas são a Fundação Pontifícia Scholas Occurrentes – que com os fundos recolhidos irá trabalhar no combate à chaga do bullying e do cyberbullying – e a Fundação Dom Bosco no Mundo, empenhada na libertação de muitas crianças, que na República Democrática do Congo, trabalham sem nenhuma proteção nas minas, em regime de verdadeira escravidão, para extrair minérios que vão enriquecer outras partes do mundo.
“A República Democrática do Congo – explicou o Presidente da Fundação Dom Bosco no Mundo, Pe. Tullio Orler - tem 80% das reservas mundiais de coltan e são as crianças que pagam as consequências. O quilo do coltan custa a vida de duas crianças, em média, mortas em incidentes ou desabamentos nas próprias minas. O nosso projeto envolverá cerca de 4.000 pessoas e visa retirar dos trabalhos forçados ao menos 360 entre jovens e crianças, e inseri-las em escolas ou contextos formativos que garantam um futuro às famílias e à inteira sociedade”.
Também a scholas Occurrentes tem a peito a educação como chave para combater a degradação e a pobreza: “Nós agimos em três âmbitos normalmente: esporte, arte e tecnologia”, explicou José María del Corral, Presidente da Fundação Pontifícia.
“Desta vez, nos empenhamos no campo das artes e confiamos nas vozes dos cantores que estarão na Sala Paulo VI. Queremos realizar um projeto que combata o bullying e o cyberbullying, um problema enorme para os jovens de todo o mundo, e prevemos a criação de um Observatório Mundial, a produção de material didático de prevenção, a elaboração de um itinerário formativo com as escolas e a promoção de comportamentos pró-sociais por meio da rede e das comunidades de internautas".
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