Cardeal Turkson: a não violência deve ser um projeto de promoção da pessoa
Cidade do Vaticano
“A não violência não pode limitar-se à retórica contra a guerra e a violência física, mas deve ser um programa de promoção da dignidade da pessoa em todas as formas em que esta se manifesta.”
Foi o que disse o prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, nas respostas aos jornalistas durante a coletiva de imprensa de apresentação da mensagem do Papa Francisco para a Quaresma, realizada na Sala de Imprensa da Santa Sé, esta terça-feira (06/02).
“A não violência deve ser considerada um projeto de promoção da dignidade da pessoa. Quando alguém faz algo contra a dignidade da pessoa, comete violência. Quando um homem ou uma mulher não tem onde dormir, é violência. Quando não tem o que comer, é uma forma de violência. Quando nas cidades há exclusão, as pessoas sofrem uma forma de violência”, disse o purpurado, de acordo com a Agência Sir.
Segundo o cardeal Turkson, a rejeição do amor causa várias formas de violência, sobretudo contra os vulneráveis. “A violência é um atentado contra a dignidade da pessoa”, sublinhou.
A mensagem do Papa Francisco para a Quaresma deste ano, mostra “os vários obstáculos no caminho do discípulo quando é chamado por Jesus, nos convida a respeitar a dignidade da pessoa e a fazer de tudo para promover a sua dignidade e seus direitos”, disse o cardeal Turkson.
“Em vários casos”, explicou o purpurado referindo-se ao tema da imigração, são também as “políticas adotadas por vários governos que criam situações de propagação da iniquidade”. Uma iniquidade que “luta contra o amor”, concluiu.
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