Busca

Cookie Policy
The portal Vatican News uses technical or similar cookies to make navigation easier and guarantee the use of the services. Furthermore, technical and analysis cookies from third parties may be used. If you want to know more click here. By closing this banner you consent to the use of cookies.
I AGREE
Requiem, Op. 48 per soli, coro, orchestra e organo
Programação Podcast
"Sem a ação eficaz do «Espírito da Verdade», não se podem compreender as palavras do Senhor" "Sem a ação eficaz do «Espírito da Verdade», não se podem compreender as palavras do Senhor" 

Verbum Domini comemora a Verbum Dei

"Após o Concilio houve uma revalorização da Palavra na Igreja e especialmente na Liturgia. A Palavra tem boca, tem rosto, tem casa e tem um caminho". Padre Gerson Schmidt nos fala hoje sobre a atenção à Liturgia destacada na Exortação Apostólica pós-sinodal Verbum Domini, de Bento XVI (2010).

Jackson Erpen – Cidade do Vaticano

No nosso Espaço Memória Histórica – 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos tratar no programa de hoje sobre a Exortação pós-sinodal Verbum Domini.

Dentro do tema da reforma litúrgica trazida pela Constituição Sacrosanctum Concilium, tratamos no programa passado deste nosso espaço sobre a valorização da Palavra e do Ambão (Mesa da Palavra), proposta pelos Padres conciliares.

No programa de hoje, o padre Gerson Schmidt que tem nos acompanhado neste percurso dos documentos conciliares, nos fala sobre a Exortação Verbum Domini, do Papa Bento XVI, que também chama a atenção para a importância a ser dada à Liturgia sagrada:

“Após o Concilio houve uma revalorização da Palavra na Igreja e especialmente na Liturgia. A Palavra tem boca, tem rosto, tem casa e tem um caminho.

Foi essa comparação belíssima utilizada pelos bispos reunidos no Sínodo de 2008 – celebrando o aniversário dos 40 anos da Dei Verbum. Depois de cada sínodo, o Sumo Pontífice redige uma Exortação Apostólica pós-sinodal.

 

Essas iluminadoras imagens aparecem na Verbum Domini, escrita pelo Papa Bento XVI. Nessa exortação Verbum Domini, diz assim: “Considerando a Igreja como casa da Palavra, deve-se antes de tudo dar atenção à Liturgia sagrada” (Verbum Domini, 52).

Por isso, frente a essa resposta do homem a Deus amoroso e amigo que se revela pela sua Palavra, na Verbum Domini, o Papa Bento XVI escreve dessa forma: 

“Nesta perspectiva, todo o homem aparece como o destinatário da Palavra, interpelado e chamado a entrar, por uma resposta livre, em tal diálogo de amor. Assim Deus torna cada um de nós capaz de escutar e responder à Palavra divina. O homem é criado na Palavra e vive nela; e não se pode compreender a si mesmo, se não se abre a este diálogo. A Palavra de Deus revela a natureza filial e relacional da nossa vida. Por graça, somos verdadeiramente chamados a configurar-nos com Cristo, o Filho do Pai, e a ser transformados n’Ele”(Verbum Domini, 22).

Mas essa resposta não é de qualquer jeito. O Papa Bento recordava a necessidade do Espírito Santo para a interpretação correta das Escrituras:

“Conscientes deste horizonte pneumatológico, os Padres sinodais quiseram lembrar a importância da ação do Espírito Santo na vida da Igreja e no coração dos fiéis relativamente à Sagrada Escritura: sem a ação eficaz do «Espírito da Verdade» (Jo 14, 16), não se podem compreender as palavras do Senhor. (...) Os grandes escritores da tradição cristã são unânimes ao considerar o papel do Espírito Santo na relação que os fiéis devem ter com as Escrituras. São João Crisóstomo afirma que a Escritura «tem necessidade da revelação do Espírito, a fim de que, descobrindo o verdadeiro sentido das coisas que nela se encerram, disso mesmo tiremos abundante proveito». Também São Jerônimo está firmemente convencido de que «não podemos chegar a compreender a Escritura sem a ajuda do Espírito Santo que a inspirou». Depois, São Gregório Magno sublinha, de modo sugestivo, a obra do mesmo Espírito na formação e na interpretação da Bíblia: «Ele mesmo criou as palavras dos Testamentos Sagrados, Ele mesmo as desvendou».  Ricardo de São Víctor recorda que são necessários «olhos de pomba», iluminados e instruídos pelo Espírito, para compreender o texto sagrado”(Verbum Domini, 16).

A Exortação Apostólica pós-sinodal Verbum Domini, do Papa Bento XVI, reutiliza também essa imagem da Palavra que tem um rosto: Jesus Cristo. 

O Papa, agora emérito, lembra nesse documento uma expressão forte dos Padres da Igreja, com P maiúsculo, entendendo os primeiros Santos do início do Cristianismo: O Verbo abreviou-Se.

Esse termo os Padres da Igreja tiraram do livro do Profeta Isaías, repetida pelo próprio São Paulo, que diz: “O Senhor compendiou a sua Palavra, abreviou-a” (Is 10, 23; Rm 9, 28). O próprio Filho é a Palavra, é o Logos: a Palavra eterna fez-Se pequena; tão pequena que coube numa manjedoura - diz o Papa. Fez-Se criança, para que a Palavra possa ser compreendida por nós». E conclui Bento XVI: Desde então a Palavra já não é apenas audível, não possui somente uma voz; agora a Palavra tem um rosto, que por isso mesmo podemos ver: Jesus de Nazaré”.

Verbum Domini comemora Dei Verbum

 

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

21 março 2018, 09:20
<Ant
Abril 2025
SegTerQuaQuiSexSábDom
 123456
78910111213
14151617181920
21222324252627
282930    
Prox>
Maio 2025
SegTerQuaQuiSexSábDom
   1234
567891011
12131415161718
19202122232425
262728293031