Mons. Viganò: a rádio tem um papel central na África
Cidade do Vaticano
Na convergência dos meios de comunicação - afirma Mons. Viganò - a rádio tem um papel central, pois na África, em ondas curtas, apostou-se na otimização das transmissões para distribuir melhor os conteúdos segundo a afinidade linguística; deste modo, “o Programa árabe é transmitido apenas na África do Norte”, enquanto que, “os programas musicais foram reduzidos devido a baixa qualidade de transmissão” e “os programas litúrgicos foram privilegiados em relação à informação sobre a atualidade”.
Um novo satélite para a África
Desde 1º de janeiro deste ano, o continente africano está coberto por um novo serviço de satélite que inclui o sinal áudio Stream, onde está disponível o Vatican Media Radio Feed Africa, uma rede de televisão em qualidade SD, juntamente com áudio internacional e 4 sinais áudio em francês, inglês, português e espanhol. Além disso, o fluxo desse satélite é também acessível via internet e há novos projetos que aumentaram a oferta de informação. Com isso, foi iniciado um sistema de difusão cíclico, ou seja, não mais horário, que aumenta a disponibilidade dos conteúdos. Também está para iniciar a distribuição de 200 kits para a recepção e transmissão por satélite e internet; tudo isso em colaboração com SIGNIS e a empresa SatADSL, que permite o intercâmbio de material áudio. Na prática, a Secretaria para a Comunicação enviará programas que podem ser retransmitidos pela frequência FM das rádios locais, que por sua vez poderão enviar contribuições à Secretaria para a Comunicação.
As respostas do continente aos novos desafios da informação
Diante dos desafios propostos pela comunicação nos dias de hoje, a África há boas respostas com novas iniciativas. Mons. Viganò refere-se em particular à Rede das Rádios Católicas em Burkina Faso, que utiliza a tecnologia da multidifusão e Cloud para uma produção, em sinergia, de transmissões radiofônicas católicas, que se preocupam também com o desenvolvimento e a dignidade da pessoa humana.
O Prefeito confirma que “a África, que deve enfrentar com todos seus esforços os atuais desafios, sabe avançar no rumo certo e poderá se tornar uma das parcerias mais importantes do Dicastério da Comunicação. Não é uma caminhada fácil, porque exige grande investimento tecnológico, formação de pessoal e principalmente um sentido eclesial de grande abertura”.
O homem no centro para uma comunicação a serviço da verdade e da paz
Porém, Mons. Viganò faz questão de precisar que “a dimensão tecnológica é incompleta se não for acompanhada pela antropológica”. Portanto, é o homem que deve estar no centro de toda a comunicação. A comunicação deve favorecer a relação com o outro e neste sentido, fazer com que se responsabilize e se coloque a serviço do outro. “E quando o homem se torna o centro da nossa comunicação – acrescenta mons. Viganò –, é preciso vigiar para que os modernos meios de comunicação não o degradem com a mentira, as notícias falsas que circulam nos nossos jornais das redes sociais, não apenas os tradicionais meios de comunicação. Portanto, o homem no centro de toda a comunicação, é uma comunicação verdadeira, sem mentiras”. “Se colocarmos o homem no centro – conclui o prefeito da Secretaria para a Comunicação – estaremos fazendo uma comunicação da verdade e pela paz. Pois – como diz Papa Francisco na sua 52ª Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais – o melhor antídoto contra as falsidades não são as estratégias, mas as pessoas: pessoas que, livres da ambição, estão prontas a ouvir e, através da fadiga de um diálogo sincero, deixam emergir a verdade”.
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