Juramento da Guarda Suíça: uma missão de serviço para o Papa e para a Igreja
Cidade do Vaticano
Os 32 novos recrutas da Guarda Suíça Pontifícia prestaram juramento de fidelidade ao Papa no domingo (06/05) no Pátio São Dâmaso no Vaticano. Na parte da manhã, o cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, presidiu uma solene Missa para os guardas e familiares. Na sua homilia evidenciou: “Não nos contentemos de uma existência medíocre – disse o cardeal – somos amigos de Cristo, tornemo-nos santos hoje”. E concluiu citando São Gregório Magno: "A sua missão é um testemunho, é um martírio da paciência e da fidelidade, nas ocupações de cada dia. E quando chegar os momentos de fadiga, com dificuldades e tentações, não esqueçam que para se tornar santos, ser amigos de Cristo, comporta uma verdadeira luta, um combate diário incessante”. Porém, os santos nos testemunham que isso é possível.
A cerimônia de juramento
O solene juramento foi realizado, como tradição, no Pátio São Dâmaso do Palácio Apostólico. Os 32 novos guardas juraram sob a bandeira do Corpo, com a presença do Prefeito da Casa Pontifícia, o arcebispo D. Georg Gänswein e do assessor da Secretaria de Estado, Mons. Paolo Borgia. Também estavam presentes representantes das Autoridades Civis e da Igreja na Suíça.
O juramento, lido pelo capelão, foi repetido pelos novos recrutas na versão reduzida: “Juro servir com fidelidade, lealdade e honra, o Pontífice reinante, Francisco e os seus legítimos sucessores, dedicar-me com todas as forças, sacrificando, se necessário, também minha vida em sua defesa. Assumo os mesmos deveres para com o Colégio Cardinalício durante a vacância da Sé Apostólica. Prometo também respeito, fidelidade e obediência ao Comandante e aos outros Superiores. Assim juro, que Deus e nossos Santos Padroeiros me assistam”.
O novo elmo
Durante a coletiva de imprensa de apresentação do juramento, realizada no Quartel da Guarda Suíça Pontifícia, foi apresentado o novo elmo. A novidade é representada pelo material e, principalmente pela técnica de produção. Ao invés do tradicional elmo de ferro forjado, usa-se um material em PVC, produzido na Suíça com a moderna tecnologia da impressora tridimensional. O novo elmo é bem mais leve e cômodo e os custos de produção são bem mais baixos. Também, ao contrário do antigo, no elmo moderno foi colocado o brasão do Papa Júlio II, o Pontífice que fundou o Corpo da Guarda em 1506.
No futuro mais Guardas
O comandante da Guarda Suíça, Cristof Graf, durante a coletiva de imprensa, anunciou também o aumento do contingente do Corpo. Atualmente contam com 110 Guardas, mas foi solicitado um aumento para 135 unidades, portanto nos próximos meses estarão selecionando novos aspirantes recrutas.
Mais de 500 anos de história
A Guarda Suíça Pontifícia está a serviço dos Papas e do Vaticano há mais de 500 anos. A fundação remonta ao ano de 1506, quando chegaram os primeiros suíços a pedido de Papa Júlio II. A data oficial da instituição do Corpo é 22 de janeiro de 1506, dia no qual 150 suíços do Cantão Uri entraram sob o comando do capitão Kaspar von Silenen, pela primeira vez no Vaticano e foram abençoados pelo Papa.
O saque de Roma
Na manhã de 6 de maio de 1527, enquanto os “lanzichenecchi”, soldados mercenários de infanteria recrutados pelas Legiões Alemãs do Sacro Império, invadiam o Borgo Santo Spirito e San Pietro em Roma, a Guarda Suíça Pontifícia e as poucas tropas romanas, resistiam desesperadamente. Dos 189 suíços em serviço salvaram-se apenas 42, ou seja, aqueles que no último momento, sob o comando de Hercules Goldli, tinham acompanhado o Papa Clemente VII no seu refúgio no Castel Sant’Angelo.
Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui