Comunhão nos matrimônios interconfessionais: o Papa pede aprofundamentos
Cidade do Vaticano
Uma questão sobre a qual os bispos são convidados a esperar uma normativa que seja comum a toda a Igreja. É a essência da carta do prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, enviada em nome do Papa, ao presidente da Conferência Episcopal da Alemanha sobre o delicado tema da admissão à Eucaristia nos matrimônios interconfessionais, ou seja, quando um dos cônjuges é católico e outro protestante. No texto, sublinha-se a necessidade de avaliar com atenção as consequências que cada decisão no mérito da questão possa comportar aos equilíbrios alcançados no diálogo ecumênico.
A posição dos bispos alemães
O tema dos matrimônios interconfessionais – possibilidade reconhecida pelo Direito Canônico em determinadas condições – tinha sido contemplado em fevereiro passado pelos bispos alemães em um subsídio pastoral intitulado “Caminhar com Cristo – nas pegadas da unidade. Matrimônios mistos e participação comum na Eucaristia”. O documento, votado por dois terços da assembleia, abria a possibilidade ao cônjuge protestante de receber a Comunhão durante a Missa católica depois de um aprofundado diálogo com o pároco.
Decide o bispo
Aos sete bispos que em sede plenária não expressaram parecer favorável – e que escreveram uma carta com suas perplexidades ao Papa Francisco – o próprio Pontífice concedeu em 3 de maio o poder de levar o parecer comum para ser analisado pela cúpula da Congregação da Doutrina da Fé e pelos Dicastérios para a Unidade dos Cristãos e para os Textos Legislativos. Portanto, depois da carta do prefeito da Doutrina da Fé e na espera de ulteriores aprofundamentos que serão dedicados ao tema, o bispo diocesano permanece com a possibilidade de avaliar os casos assinalados e estabelecer as medidas necessárias.
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