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Padre Renato: Espírito Santo, oxigênio da santidade

O oxigênio da santidade será, sempre, a ação do Espírito Santo em nós. Quando Jesus nos convida a “sermos santos como o Pai celeste é santo”, Ele nos dá, também, as graças necessárias para desenvolvermos bem este projeto.

Padre Renato dos Santos - SDB - Cidade do Vaticano

Seria totalmente fora de propósito imaginar a possibilidade de construir um projeto de santidade sem a assistência real do Espírito Santo em nossas vidas. Não pode existir santidade sem a ação direta do Espírito Santo. O oxigênio da santidade será, sempre, a ação do Espírito Santo em nós.  Quando Jesus nos convida a “sermos santos como o Pai celeste é santo”, Ele nos dá, também, as graças necessárias para desenvolvermos bem este projeto. “Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que Eu vos disse”. (Jo 14,26)

“Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos”

Ele, a terceira Pessoa da Santíssima Trindade, será o elemento indispensável para o desenvolvimento da santidade, ao qual somos todos convidados. Devemos acreditar que no chamado à santidade podemos contar, sempre, com a grande promessa de Jesus: “Não temais! Eu estarei com vocês todos os dias”. (Mc 6,50). “Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos” (Mt 28,20).

Ouça a meditação

Santidade: disponibilidade para servir a Deus e as pessoas.

Estas afirmações essenciais, diz o Papa, “permitem-nos partir e servir com aquela atitude cheia de coragem que o Espírito Santo suscitava nos Apóstolos, impelindo-os a anunciar Jesus Cristo. Ousadia, entusiasmo, falar com liberdade, ardor apostólico: tudo isto está contido no termo liberdade (parresia), uma palavra com que a Bíblia expressa também a liberdade duma existência aberta, porque está disponível para Deus e para os irmãos”. (cf. At 4,29; 9,28; 28,31; 2Cor 3,12; Ef 3,12; Heb 3,6; 10,19). (GE 129)

“Santidade é a sublime opção de deixar Deus agir em nós e, através de nós, para o crescimento dos outros.”

Logo no início da Exortação Apostólica encontramos esta comprometedora afirmação: “O Espírito Santo derrama a santidade, por toda a parte, no santo povo fiel de Deus, porque «aprouve a Deus salvar e santificar os homens, não individualmente, excluída qualquer ligação entre eles, mas constituindo-os em povo que O conhecesse na verdade e O servisse santamente”. (GE 6) Portanto, conhecer a Deus e, servi-Lo santamente, sobretudo na pessoa dos mais fragilizados da sociedade, será a medida alta da santidade. Santidade é a sublime opção de deixar Deus agir em nós e, através de nós, para o crescimento dos outros. O Papa emérito Bento XVI já afirmava que “...a santidade mais não é do que a caridade plenamente vivida.”. (GE 21)

Assim sendo, conclui o Papa na Exortação: “Não desanimes, porque tens a força do Espírito Santo para tornar possível a santidade e, no fundo, esta é o fruto do Espírito Santo na tua vida (cf. Gal 5, 22-23). (GE 15)

“Peçamos ao Senhor a graça de não hesitar quando o Espírito nos exige que demos um passo em frente; peçamos a coragem apostólica de comunicar o Evangelho aos outros e de renunciar a fazer da nossa vida um museu de recordações”. (GE 139)

“Peçamos ao Espírito Santo que infunda em nós um desejo intenso de ser santos para a maior glória de Deus; e animemo-nos uns aos outros neste propósito. Assim, compartilharemos uma felicidade que o mundo não poderá tirar-nos”. (GE 177)

Para refletir:

1.    Temos deixado o Espírito Santo agir para o nosso crescimento na santidade?

2.    Temos feito consistir a santidade no serviço aos mais fragilizados da sociedade?

Na próxima semana continuaremos a reflexão sobre a Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate.

 

 

 

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31 agosto 2018, 11:51