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Santa Sé: preocupação pelo crescimento da criminalidade informática

Ontem, na sede da ONU em Nova York, o núncio apostólico Bernardito Auza, Observador Permanente da Santa Sé, falou sobre o problema da criminalidade informática e os danos que podem causar às crianças e adolescentes

Cidade do Vaticano

“O terrorismo e a criminalidade organizada ameaçam a dignidade das pessoas e o bem comum em todo o mundo”. Com estas palavras o núncio apostólico Bernardito Auza, Observador permanente da Santa Sé junto à ONU, falou sobre a grande preocupação da Santa Sé “pelo crescimento da criminalidade informática e sua evolução”. Na ocasião os temas debatidos eram particularmente urgentes e atuais: a prevenção da criminalidade e justiça penal, e o controle internacional das drogas.

As duas faces do progresso tecnológico

“O progresso tecnológico – explicou Dom Auza no seu discurso – mesmo trazendo grandes benefícios tornou-se um vetor de novas formas de terrorismo e de atividades criminosas, ou piorou as antigas formas de criminalidade organizada pelo uso de novos e poderosos instrumentos”. É muito chocante o fato de que as novas tecnologias da informação e da comunicação tenham aberto muitas portas ao abuso e exploração de menores”. Assédio virtual (cyberbullying) e pornografia infantil são alguns dos exemplos.

Unidade e concretitude

Unir os esforços, com ações concretas para “aumentar a consciência do problema, proclamar uma legislação adequada, supervisionar o progresso e o uso responsável da tecnologia, identificar as vítimas e perseguir os culpados pelos crimes”, são os passos que Dom Auza considera fundamentais, mesmo em situações familiares difíceis quando “podem aumentar o risco de vitimização” em particular dos menores.

Não à legalização das drogas

Outro problema que causa grande preocupação para a Santa Sé são as drogas e, em particular, a atitude de total indiferença para com o fenômeno por parte da opinião pública que considera “descriminalização das drogas” como o melhor modo para combater o tráfico ilícito.

Reafirmando “a oposição da Santa Sé à legalização do consumo de drogas como meio para combater a toxicodependência”, Dom Auza repropõe o tema da família e do seu apoio como “ponto chave das estratégias de prevenção, cura, reabilitação, reinserção e saúde”.

Papa: defender jovens e crianças

Para contrastar a procura de droga é necessário “um grande esforço com programas sociais, orientados não apenas à família, mas também à instrução e à formação humana – conclui Dom Auza -, Papa Francisco nos recorda que comprometendo-se “nesta árdua batalha defendemos toda a família humana, defendemos os jovens e as crianças”.

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05 outubro 2018, 14:07