Cardeal Parolin enviado do Papa às celebrações da Igreja no Mali
Cidade do Vaticano
O Santo Padre enviou uma Carta ao Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, que se encontra no Mali, como seu Enviado especial, por ocasião das celebrações dos 130 anos da Igreja no país, que se realizam de 17 a 18 deste mês, no Santuário mariano de Kita.
O Mali é um dos países que mais se destacam no mundo pelo índice de contínuas perseguições contra os cristãos.
Este país da África Ocidental conta com a presença do cristianismo desde fins do século XIX, apesar da maioria da população pertencer aos Islamismo. Por isso, os fiéis são fortemente influenciados pelo “sufismo”, uma corrente mística e contemplativa do islã.
A Igreja no Mali é composta por comunidades cristãs históricas, cristãos ex muçulmanos e cristãos protestantes não tradicionais. A maioria dos cristãos vive no sul do país.
Em 2012, a região do norte malinês foi tomada pelos separatistas tuaregues, onde um califado do Estado Islâmico se estabeleceu com um regime baseado na “sharia”, a lei islâmica mais rigorosa.
Houve muitos ataques naquele país da África Ocidental: igrejas e centros de culto foram destruídos, com o objetivo de erradicar o cristianismo da região. Desde então, as milícias radicais islâmicas se espalharam rapidamente e continuam a atacar os cristãos residentes.
Um Acordo de Paz, entre o governo e os militantes fundamentalistas islâmicos, foi assinado em 2015, mas não mudou muito a situação de tensão e a falta de segurança os cristãos.
No entanto, apesar de uma história quase esquecida, a Igreja no Mali está celebrando, nestes dias, seus 130 anos de vida pela minoria cristã ameaçada e perseguida.
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