Cardeal Turkson: limitar a difusão da resistência aos antibióticos
Cidade do Vaticano
O prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, cardeal Peter Turkson, escreveu uma mensagem por ocasião da Semana Mundial para o uso consciente de antibióticos que se concluiu, neste domingo (18/11), sobre o tema “Limitar o início e a difusão da resistência aos antibióticos. Uma exortação a agir”.
A Semana Mundial para o uso consciente de antibióticos se realiza todos os anos no mês de novembro. “É uma ocasião para reiterar a urgência e a importância mundial desse crescente problema de saúde pública”, escreve o purpurado.
O objetivo da iniciativa é “aumentar a consciência global sobre a resistência aos antibióticos [Resistência Antimicrobiana (AMR)] e incentivar práticas melhores entre o público em geral, os profissionais de saúde e responsáveis políticos a fim de evitar mais aparecimento e disseminação da resistência aos antibióticos”.
Atenção ao uso de antibióticos
“Desde sua descoberta, os antibióticos salvaram milhões de vidas e aliviaram vários sofrimentos, mas o uso não adequado e o abuso de antibióticos nos homens e animais favoreceram o surgimento e a difusão da resistência aos antibióticos, que ocorre quando micróbios, como as bactérias, se tornam resistentes aos medicamentos usados para curá-los.”
“Infelizmente, o problema está piorando e se espalhando, como resultado também de programas inadequados de prevenção e controle de infecções, medicamentos de baixa qualidade, de uma regulação insuficiente do uso de antibióticos na população, nos alimentos para animais e na agricultura, bem como as dificuldades de acesso aos serviços de saúde, incluindo exames de diagnósticos e laboratórios, e a contaminação da água, do solo e das lavouras”, ressalta ainda Turkson.
O problema da resistência aos antibióticos
“A resistência aos antibióticos é hoje um grande desafio para a saúde pública mundial, pois ameaça a prevenção e o tratamento eficaz de um número crescente de infeções causadas por bactérias, parasitas, vírus e fungos. Se não for enfrentado, o contínuo aparecimento e difusão de doenças resistentes aos medicamentos coloca a medicina moderna em risco e representa um desafio para a saúde e o desenvolvimento das nações”, sublinha o purpurado na mensagem, evidenciando também as grandes dificuldades para as pessoas mais expostas a infecções mortais, como “as mulheres grávidas, os recém-nascidos, os pacientes com certas doenças crônicas, os que são submetidos a quimioterapia ou cirurgia” e “as milhares de pessoas que não têm acesso aos cuidados de saúde e são mais suscetíveis às doenças relacionadas à resistência antimicrobiana”.
Promover iniciativas
O cardeal observa que é preciso agir para realizar mudanças de comportamento indispensáveis, “a fim de aumentar o nível de conscientização e eficácia das ações preventivas, intensificar o controle de infecções e usar os antibióticos corretamente”.
A esse propósito, evidencia que “os vários centros de saúde e instituições de formação médica e de assistência de saúde administrados pela Igreja, como também os que fazem referência a outras organizações religiosas, estão na posição ideal para promover o apoio constante e realizar ações individuais e de grupo destinadas a promover atividades sociais e médicas úteis para combater o aparecimento e a difusão da resistência aos antibióticos”.
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