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Hoje em Cracóvia a beatificação equipolente de Michał Giedrojć

Beatificação Equipolente "consiste no reconhecimento oficial por parte da Igreja de um culto que o povo já pode expressar de várias formas desde tempos antigos em relação a um Beato. De acordo com a normativa, porém, esse culto deve ser anterior a 1534, ou seja, ao período em que as novas normas para o reconhecimento dos Beatos foram introduzidas", explicou ao VN Cardeal Becciu, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos .

Roberta Barbi – Cidade do Vaticano

Na manhã deste sábado será realizada em Cracóvia a beatificação equipolente de Michał Giedrojć. O prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal Angelo Becciu, falou ao Vatican News:

P. - Eminência, hoje, por ocasião da beatificação de Michał Giedrojć, começamos perguntando o que são canonizações ou beatificações equipolentes ...

R. - Sim, é uma forma um pouco especial. Consiste no reconhecimento oficial por parte da Igreja de um culto que o povo já pode expressar de várias formas desde tempos antigos em relação a um Beato. De acordo com a normativa, porém, esse culto deve ser anterior a 1534, ou seja, ao período em que as novas normas para o reconhecimento dos Beatos foram introduzidas. No caso de Michał Giedrojć, consiste em um ato realizado pelo Papa Francisco em 7 de novembro de 2018, com a promulgação do decreto sobre a confirmação do culto a ele atribuído ‘ab immemorabili’, isto é, há um longo tempo. O Papa não fez outra coisa, senão reconhecer a existência deste culto desde tempos antigos.

P. - Na obra de Bento XIV “De Servorum Dei Beatificatione et Beatorum Canonizatione”, é formulada a doutrina sobre esse tipo de causa, para a qual são necessários três elementos: a posse do antigo culto, a constante e comum atestação de historiadores dignos de fé sobre as virtudes ou sobre o martírio e a ininterrupta fama de prodígios. O senhor poderia nos explicar esses três elementos?

R. - Parece-me que neste Beato esses parâmetros são encontrados na sua totalidade. Antes de tudo, o culto ‘ab immemorabili’ existe precisamente desde 1500. Onde está sepultado há uma peregrinação contínua, há séculos, de pessoas que o veneram e que o reconhecem como Bem-aventurado. Além disso, o fato de que tenha sido construído até mesmo um altar onde ele está sepultado, indica de forma tangível a devoção com a qual ele estava cercado. As pessoas o reconheceram como Beato e o Papa sancionou essa realidade.

P. - O que você pode nos dizer sobre a figura do Bem-aventurado, da qual precisamente o Papa Francisco reconheceu o culto imemorial?

R. - Este beato é querido ao povo polonês e ao povo lituano, tanto que a beatificação é celebrada em Cracóvia, portanto na Polônia, com o episcopado polonês, mas também na presença dos bispos lituanos. Nele foram reconhecidas as virtudes típicas, portanto, as virtudes da caridade. Era conhecido como alguém que compartilhava o pouco dinheiro que tinha com os pobres. Era um homem que espalhava paz e serenidade, era o homem que vivia na esperança, encorajava tantas pessoas a viver entregando-se a Deus. E depois ele demostrou amor a Deus e ao próximo e uma grande devoção ao Crucifixo que ele contemplava em união com Maria aos pés da Cruz. Estes são os pilares fundamentais da sua vida, uma vida que tocou e impressionou as pessoas, tanto que a sua fama de santidade perpetuou-se ao longo dos séculos.

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08 junho 2019, 09:00