Santa Sé: idosos, vitais para reconstruir comunidades dilaceradas por guerras e crises
Amedeo Lomonaco, Silvonei José - Cidade do Vaticano
A família é a melhor rede de segurança: neste âmbito, os idosos, em particular, podem encontrar proteção e continuar a dar a sua contribuição à sociedade. Foi o que disse nesta quarta-feira (11/09), o arcebispo Ivan Jurkovič, Observador Permanente da Santa Sé junto às Nações Unidas em Genebra, no seu discurso centrado sobre os direitos dos idosos. Qualquer iniciativa, plano ou ação promovidas por agências internacionais ou organizações não governamentais, explicou o arcebispo, deveriam incluir e respeitar o papel da família. E deveriam proteger as pessoas em todas as fases das suas vidas.
Respeitar a sabedoria dos idosos
Depois de sublinhar que a perda das redes de proteção social tem consequências terríveis para a saúde física e mental dos idosos, o prelado recordou as palavras pronunciadas pelo Papa Francisco durante a audiência geral de 4 de março de 2015: "A civilização avançará se souber respeitar a sapiência, sabedoria dos idosos. Numa civilização em que não há lugar para os idosos ou eles são descartados porque criam problemas, esta sociedade carrega consigo o vírus da morte".
Idosos e as situações de crise
O Observador Permanente da Santa Sé junto às Nações Unidas em Genebra também destacou que, em cenários marcados por conflitos e emergências, os idosos estão entre os sujeitos mais vulneráveis. Eles correm o risco de serem marginalizados, não recebendo assistência adequada. E comunidades inteiras podem perder sua identidade cultural, tradições e línguas nativas. Para a reconstrução das comunidades que sofreram situações tão terríveis, explicou o prelado, os idosos são elementos centrais. E deveriam ser reconhecidos como "atores vitais" para uma recuperação rápida e eficaz de comunidades dilaceradas por guerras e crises: suas vozes devem ser ouvidas, seu potencial e suas competências poderiam ajudar a reconstruir estruturas e laços sociais.
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