Atlas Pan-Amazônico: obra faz mapeamento sobre ação da Igreja na região
Andressa Collet – Cidade do Vaticano
O testemunho é do Pe. Júlio Caldeira, missionário que vive há 10 anos na Colômbia, e transmite a mensagem do Papa Francisco àquela realidade. Em especial, o relato foi da comunidade indígena dos Ticuna. São em mais de 50 mil divididos entre o Brasil, a Colômbia e o Peru, com maior concentração na Amazônia brasileira.
“Esta é uma Casa Comum, onde todos vivemos: seja Europa, seja África, a Ásia, a América – e neste caso onde está a Amazônia. A gente tem que trabalhar junto pra construir esse mundo melhor. Essa proposta forte do Papa Francisco na Laudato si’ de uma ‘ecologia integral’, onde as pessoas e o meio ambiente possam conviver bem, desde o caminho da espiritualidade e de fé que como católicos fazemos nesse ambiente.”
Amazônia: Casa Comum
Essa é uma das pontes que “Jesus nos chama a construir juntos, e não colocar muros”, acrescenta Pe. Julio, que faz parte do Departamento de Comunicação da Repam, a Rede Eclesial Pan-Amazônica, uma de tantas parceiras do “Amazônia: Casa Comum”. O projeto, de caráter internacional, propõe um calendário de atividades paralelas ao Sínodo dos Bispos, que acontece em outubro, no Vaticano. A iniciativa quer trazer e mostrar experiências de vida, de fé e de lutas de muitos povos caracterizando um espaço de escuta e acompanhamento eclesial, já que trará a realidade amazônica para a Itália.
Atlas Pan-Amazônico da Repam
Entre os eventos está a apresentação do Atlas Pan-Amazônico da Repam que contempla a realidade eclesiástica e socioambiental daquela região, material produzido através de consultas realizadas nos últimos três anos. A síntese pretende servir ao processo sinodal e, em seguida, ajudar na implementação dos resultados do pós-Sínodo.
“Mostrando, por exemplo, que no território amazônico dos 9 países são 103 jurisdições eclesiásticas, entre prelazias, dioceses, vicariatos... Quantos agentes de pastorais presentes, entre sacerdotes, bispos, leigos, catequistas, animadores; além de um mapa amplo de todo o ambiente que tem a Amazônia: as situações difíceis, os grupos vulneráveis. Aquilo que geralmente a gente precisa fazer como Igreja para estar no território ajudando também os povos nessa parte social e, por outro lado, ajuda também nós a pensar a evangelização nesse território.”
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