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A redação em língua albanesa da Rádio Vaticano começou suas transmissões em 3 de outubro de 1951 A redação em língua albanesa da Rádio Vaticano começou suas transmissões em 3 de outubro de 1951 

A força da Rádio Vaticano na Albânia: identidade e diálogo, ao invés da cultura da distância

A força da Rádio Vaticano na Albânia: identidade e diálogo, ao invés da cultura da distância No discurso do prefeito do Dicastério para a Comunicação do Vaticano, em evento sobre a mídia na Albânia, Paolo Ruffini usou o exemplo da Rádio Vaticano para semear a paz, ao “difundir conteúdos religiosos numa sociedade secularizada e multireligiosa”.

Andressa Collet – Cidade do Vaticano

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Nesta quarta-feira (2), o prefeito do Dicastério para a Comunicação do Vaticano, Paolo Ruffini, participa de um Convênio sobre as Comunicações em Tirana, capital da Albânia. No seu discurso, o agradecimento pelo convite e a importância de “um novo encontro” depois de 68 anos.

“Era 3 de outubro de 1951, quando a redação em língua albanesa da Rádio Vaticano começou suas transmissões; e o povo de vocês começa, então, uma longa Via-Sacra sob o domínio do totalitarismo comunista”, disse Ruffini, ao iniciar seu pronunciamento. A redação albanês, continuou ele, é “a expressão concreta do amor e da bondade” do Papa, da Santa Sé e também de Pe. Zef Shestani: “desde então, nós também falamos a língua de vocês, que, portanto, é também a nossa língua”.

As mudanças: no país e nas comunicações

No discurso, o prefeito lembrou da canonização de Madre Teresa e da beatificação dos 38 mártires da Igreja Católica da Albânia, mas também fez menção à visita de dois Papas ao país: João Paulo II em 1993 e Papa Francisco em 2014. A partir desses encontros, muito coisa mudou, desde o sofrimento do povo albanês, “perseguido e martirizado”, até o mundo das comunicações. Porém, disse Ruffini, “a rádio mantém intacta a sua força” e, com “a sua capacidade de informar”, a Rádio Vaticano em língua albanesa tem acompanhado “o caminho dos compatriotas ao longo do calvário da ditadura comunista”, tem “defendido a dignidade da pessoa humana de toda forma de prevaricação” e contado a história da nação, dos valores, da liberdade e da democracia.

Programa albanês da Rádio Vaticano

“Poderíamos nos perguntar, talvez, qual o sentido de difundir conteúdos religiosos numa sociedade secularizada e multireligiosa; e qual o sentido de fazê-lo através da rádio na civilização das imagens”, ponderou Ruffini, que procurou responder às questões dando o exemplo da Rádio Vaticano, em especial, da redação albanesa. Há 68 anos leva ao ar um programa diário de 20 minutos, transmitido também pela internet, inclusive através do Facebook, e reproposto pela Rádio Maria.

O espaço de uma rádio religiosa tem a força de “restituir um sentido às palavras que, caso contrário, consumimos sem um fim”, afirmou Ruffini, sobretudo através de uma comunicação que, ao invés de unir, separa. E, “se comunicar significa colocar em comunhão, ainda existe um espaço para rádios que cultivem um sentido, uma fé. Não para impor, mas para propor”.

“A Igreja Católica não segue o proselitismo, mas a atração que vem da beleza e do amor”, acrescentou o prefeito, ao afirmar que a força do trabalho da Rádio Vaticano está em semear a paz, testemunhar a fé e está na capacidade de criar “identidade e diálogo, sentido de pertença e vontade de encontro, de partilha, de comunhão; uma proximidade que contrasta à cultura da distância e da oposição”.

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02 outubro 2019, 11:52