Busca

Cookie Policy
The portal Vatican News uses technical or similar cookies to make navigation easier and guarantee the use of the services. Furthermore, technical and analysis cookies from third parties may be used. If you want to know more click here. By closing this banner you consent to the use of cookies.
I AGREE
Intermezzo - Allegro vivace
Programação Podcast
Segundo briefing sobre o Sínodo para a Amazônia Segundo briefing sobre o Sínodo para a Amazônia 

Segundo briefing sobre o Sínodo: variedade de temas e opiniões no signo do caminhar juntos

Vários foram os temas abordados no segundo briefing sobre o Sínodo para a Amazônia, realizado na manhã desta terça-feira (08/10), pelos relatores : o cardeal Pedro Ricardo Barreto Jimeno, arcebispo de Huancayo, no Peru, Victoria Lucia Tauli-Corpuz, relatora especial das Nações Unidas sobre os direitos dos povos indígenas, Moema Maria Marques de Miranda, assessora da REPAM e de “Igrejas e mineração”, no Brasil, Paolo Ruffini e pe. Giacomo Costa.

Debora Donnini - Cidade do Vaticano

Não devemos ter medo de opiniões diferentes e são testemunhas disso São Pedro e São Paulo na questão da circuncisão. O cardeal Pedro Ricardo Barreto Jimeno recordou isso, dando uma chave importante para entender profundamente o Sínodo que, como Paolo Ruffini também sublinhou, é um espaço para discernir juntos, em oração, não em discussão. Uma riqueza de opiniões e também de temas destaca o pe. Giacomo Costa, secretário da Comissão de Informação: neste momento passamos de um tema para outro com pronunciamentos de 4 minutos, não há um discurso contínuo.

“Antes de tudo, existe um espaço amplo para o tema da formação de leigos e sacerdotes a fim de nutrir as comunidades eclesiais locais”, disse o prefeito do Dicastério para a Comunicação, Paolo Ruffini, lembrando que todo padre sinodal expressa seu ponto de vista. Portanto, existem nuances e também posições diferentes em algumas questões como a “viri probati”: todos reconhecem que há uma demanda de sacerdotes em relação à amplitude do território e procura-se uma resposta. No entanto, a questão fundamental é que não haja católicos de primeira e segunda classe, quem pode participar da Eucaristia e quem não é. O pedido de uma presença permanente e não apenas de visita vem de comunidades onde não há pessoas que possam celebrar a Eucaristia. Basta pensar que em territórios grandes quanto a Itália existem 60-70 sacerdotes, e algumas comunidades veem um sacerdote uma vez por ano e às vezes nem isso. Entre as propostas apresentadas está a dos diáconos locais temporários. Foi enfatizada a necessidade de não cair numa visão funcionalista do sacerdócio. Dentre outros temas: inculturação, Igreja com rosto indígena, ecologia integral, por uma cultura de sustentabilidade contra o extrativismo.

Ouça a reportagem

Em seu discurso, o cardeal Barreto, que também é vice-presidente da Rede Eclesial Pan- amazônica, recordou que a Igreja se preocupa não somente a partir de agora: “Em 1741, Bento IX escreveu uma carta acompanhando o sofrimento dos povos indígenas, São Pio X escreveu uma Encíclica a favor dos índios para o problema dos caucheros, exploradores de caucciùv. Houve, portanto, muitos mártires, mas também sombras. O anúncio do Evangelho nunca pode ser imposto e o Papa Francisco está convidando a Igreja e o mundo a ouvir”, observou ainda, “enfatizando nesse sentido a importância da figura de São Francisco de Assis e a esperança. Respondendo à pergunta de um jornalista que falou sobre cerca de vinte povos amazônicos que praticam infanticídio, o cardeal Barreto afirmou que nem tudo é flores entre os povos originários, mas que nunca ouviu falar que, neste momento, existam 20 povos amazônicos que praticam infanticídio. Ele ressaltou, no entanto, que toda vida humana é sagrada, e se alguém afirma dentro da Igreja que essas práticas são possíveis, está negando a essência do Evangelho.

Victoria Lucia Tauli-Corpuz, relatora especial da ONU sobre os direitos dos povos indígenas, proveniente das Filipinas, e convidada especial, testemunhou o sofrimento dos povos indígenas. Ela relatou sua experiência nessas regiões e os vários problemas: do mercúrio no sangue das crianças aos lugares onde o rio secou devido a uma represa, até a experiência no Equador de poços de petróleo. Expressou, portanto, a convicção de que a Igreja deve falar ao mundo e que os indígenas devem ser protegidos.

Moema Maria Marques de Miranda, leiga franciscana, falou com vigor sobre as feridas, destacando a oportunidade representada por este Sínodo: um diálogo profundo e a escuta do que provém do cristianismo, da ciência e dos povos indígenas que podem nos ensinar a conviver e defender o planeta, vivendo por milênios na floresta. Portanto, se por um lado, existe um projeto de extração e desmatamento, por outro, delineia-se a possibilidade de um projeto sustentável.

Na parte da tarde, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, ressaltou “em relação à pergunta feita hoje durante o briefing sobre a presença de representantes das Nações Unidas no sínodo”, que “no passado houve dois convidados especiais, especificamente na Assembleia Especial para a África, em 2009”: Rodolphe Adada, ex-representante especial conjunto do secretário-geral das Nações Unidas e presidente da Comissão da União Africana, em Darfur, e Jacques Diouf, diretor-geral do Fundo das Nações para a Alimentação e Agricultura (FAO).

Coletiva de Imprensa de 8 de outubro

 

 

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

08 outubro 2019, 20:19
<Ant
Março 2025
SegTerQuaQuiSexSábDom
     12
3456789
10111213141516
17181920212223
24252627282930
31      
Prox>
Abril 2025
SegTerQuaQuiSexSábDom
 123456
78910111213
14151617181920
21222324252627
282930