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Exibição em Florença da exposição "Os rostos da Reforma. Lutero e Cranach nas Coleções dos Medicis"  Exibição em Florença da exposição "Os rostos da Reforma. Lutero e Cranach nas Coleções dos Medicis"  

500 anos da excomunhão de Lutero terão evento ecumênico em Roma

De comum acordo, as Igrejas Católica e Luterana decidiram recordar conjuntamente com a realização de evento em Roma em 25 de junho de 2021, os 500 anos da excomunhão de Martinho Lutero.

Cidade do Vaticano

Em 14 de janeiro, a Federação Luterana Mundial (FLM) e o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos (PCPUC) reuniram-se em Genebra para sua anual reunião conjunta.

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O encontro foi presidido pelo secretário-geral da FLM, Dr. Martin Junge, e pelo presidente da PCPUC, cardeal Kurt Koch,  que concordaram em recordar conjuntamente em 2021 o 500º aniversário da excomunhão de Martinho Lutero, ocorrida em 1521.

Seguindo o compromisso assumido por luteranos e católicos de passar progressivamente do conflito à comunhão, o evento conjunto dará ênfase aos importantes resultados ecumênicos alcançados nos últimos tempos, "o que mostrará como o caminho ecumênico das últimas décadas nos permitiu reexaminar um momento doloroso da história, em um espírito de abertura ao dom da unidade, unidade pela qual luteranos e católicos continuam a rezar e trabalhar juntos", diz o site do dicastério vaticano.

O evento se realizará em Roma e incluirá um serviço litúrgico. Para expressar essa abertura ecumênica, decidiu-se celebrá-lo em 25 de junho de 2021, data que recordará antecipadamente o 500º aniversário da Confissão de Augsburgo, apresentada neste mesmo dia no ano de 1530.

Referindo-se a esse projeto comum, o Dr. Junge observou que “a história não pode ser apagada. No entanto, como crentes, podemos confiar no dom da compreensão, da cura e da reconciliação, para continuar a plasmar as relações entre católicos e luteranos. Recordaremos dos eventos ocorridos há cinco séculos, todavia não permaneceremos fechados no passado, mas abraçaremos o futuro em que Deus continua a nos chamar".

O cardeal Kurt Koch, por sua vez, reiterou que “não podemos apagar o que aconteceu, mas devemos fazer com que o peso do passado não torne impossível o futuro. Quando, 500 anos mais tarde observamos a Dieta de Worms e a excomunhão de Lutero, não voltamos ao conflito no caminho da comunhão. Pelo contrário, queremos prosseguir em nosso caminho rumo à reconciliação ”.

Em suas reuniões anuais, a FLM e o PCPUC se atualizam reciprocamente sobre os principais eventos, discutem sobre seu diálogo bilateral e preveem iniciativas para seu trabalho conjunto.

A Dieta de Worms

 

A Dieta de Worms, de 1521, foi uma dieta imperial (uma assembleia) do Sacro Império Romano Germânico realizada em Worms, que na época era uma cidade livre do império. Este tipo de assembleia era um órgão deliberativo formal e suas decisões valiam para todo o império. Seu resultado mais importante e memorável foi o Édito de Worms, que endereçou especificamente as ideias de Martinho Lutero e os efeitos da Reforma Protestante.

A dieta se reuniu de 28 de janeiro até 26 de maio de 1521 sob a presidência do imperador Carlos V. utras dietas imperiais foram realizadas em Worms nos anos de 829, 926, 1076, 1122, 1495 e 1545, mas, exceto quando claramente indicado, o termo "Dieta de Worms" geralmente é uma referência a esta assembleia de 1521.

O Édito de Worms

 

Já o Édito de Worms, escrito com a ajuda do núncio papal na dieta, Girolamo Aleandro, foi o decreto outorgado em 26 de maio de 1521 pelo imperador Carlos V que declarou criminosos todos os que "seja por atos ou palavras, defendessem, sustentassem ou favorecessem o que foi dito por Martinho Lutero". O édito determinou ainda que Lutero fosse preso e levado até o imperador para ser punido como herege e estipulou uma generosa recompensa aos que ajudassem neste intento. Esta decisão foi ápice do conflito crescente entre Martinho Lutero e a Igreja Católica sobre as reformas por ele propostas. 

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24 janeiro 2020, 10:36