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Cardeal Turkson: proximidade do Papa ao povo venezuelano

Mensagem do prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral aos participantes do encontro “Caridad en la frontera” realizado na diocese colombiana de Cucuta na fronteira com a Venezuela. O encontro concluiu-se com um renovado compromisso por parte de todos em ajudar espiritualmente e materialmente os migrantes e as comunidades locais.

Vatican News

O Papa Francisco “reza constantemente” por todos os venezuelanos. “Acompanha de perto a evolução da situação” e encoraja a Igreja local que se colocou “ao lado das pessoas que sofrem”.

É o que escreve o prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, cardeal Peter Turkson, numa mensagem aos participantes do encontro intitulado “Caridad en la frontera”, que se concluiu na sexta-feira, 31 de janeiro, na diocese colombiana de Cucuta, na fronteira com a Venezuela.

O encontro foi promovido pela Igreja local, junto com o organismo vaticano e a Seção Migrantes e Refugiados, e contou com a presença dos subsecretários do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral e da Seção Migrantes e Refugiados, respectivamente mons. Segundo Tejado Muñoz e pe. Fabio Baggio, de núncios apostólicos, representantes das Conferências Episcopais da Colômbia e Venezuela, do CELAM, bispos das dioceses na fronteira Venezuela-Colômbia, representantes das Caritas Colômbia, Caritas Venezuela e Caritas Internacional e da Comissão Católica Internacional para Migrações.

Preocupação do Papa com as situações de fronteira 

Nas intenções dos promotores, esta ocasião quer expressar a preocupação do Santo Padre com as situações de fronteira e colocar em sinergia as atividades de caridade em favor das pessoas vulneráveis num contexto de crise humanitária como a que está vivendo a Venezuela.

Na mensagem, lida em Cucuta por mons. Tejado e publicada no site do Dicastério, o cardeal Turkson lembra a gravidade da crise venezuelana que, segundo estimativas das Nações Unidas, causou 4,5 milhões de migrantes e refugiados na América Latina e Caribe. O purpurado escreve que o encontro de Cucuta responde “ao apelo do Papa Francisco” para apoiar os esforços a fim de aliviar o sofrimento da população da Venezuela.

“O Dicastério e a Seção Migrantes e Refugiados”, prossegue ele, “desejam dar uma contribuição concreta para analisar profundamente as necessidades e coordenar adequadamente a ajuda da rede eclesial em favor de todos os atingidos pela crise humanitária”. Segundo o cardeal, “a intenção é criar, conforme feito no passado para a Síria e o Iraque, “uma plataforma, um serviço para partilhar informações” que ajude ter uma “ideia o mais unitária possível da ação caritativa da Igreja num contexto de emergência”.

Resposta pastoral a situações de vulnerabilidade

“O nosso Dicastério”, escreve ainda o cardeal Turkson, “trata de questões relativas a migrantes, necessitados, excluídos e vítimas de conflitos”. “Essas são as pessoas vulneráveis a quem o Dicastério é chamado a servir”, reitera o purpurado, elogiando a “contribuição preciosa” daqueles que estão trabalhando para enfrentar, no local, as situações de dor e desespero da “multidão de deslocados e refugiados, vítimas dessa crise”.

O Santo Padre confiou a tarefa de “dar uma resposta pastoral a situações de vulnerabilidade que ele encontra em seu serviço” ao Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, lembra o purpurado.

A mensagem conclui-se com uma oração à Virgem Maria para que “se chegue a um acordo o mais rápido possível que ponha fim ao sofrimento das pessoas, para o bem da Venezuela e de toda a região”.

Sobre o encontro

O encontro concluiu-se na sexta-feira (31/01), com um compromisso renovado por parte de todos em ajudar espiritualmente e materialmente os migrantes e as comunidades locais que vivem as mesmas vulnerabilidades. No comunicado final, são recordados os temas abordados nos dois dias de trabalho. As sessões do primeiro dia se concentraram na análise dos desafios pastorais apresentados pelos enormes fluxos de mobilidade humana entre os dois países, particularmente visíveis nas áreas de fronteira. Os bispos presentes partilharam os resultados das respostas de caridade implementadas em suas dioceses fronteiriças, uma manifestação concreta do amor materno da Igreja por todos os seus filhos. No segundo dia, os participantes identificaram uma série de possíveis colaborações entre as dioceses e transnacionais que favoreçam uma maior eficácia dos esforços produzidos até o momento.

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02 fevereiro 2020, 17:54