50º aniversário do Rito de Consagração das Virgens
Vatican News
Em 31 de maio de 1970, por desejo de Paulo VI, a Sagrada Congregação para o Culto Divino promulgou o novo Rito de Consagração das Virgens, que fez reflorescer a antiga Ordem das Virgens, testemunhada nas comunidades cristãs desde os tempos apostólicos.
As virgens consagradas estão presentes em todos os Continentes, em numerosas Dioceses, e oferecem seu próprio testemunho de vida em todas os âmbitos da sociedade e da Igreja. Em 2016, durante o Ano da Vida Consagrada, uma estatística aproximada estimava a presença de mais de cinco mil virgens consagradas no mundo, em contínuo crescimento.
Sobre a Ordem das Virgens, diz o Código de Direito Canônico:
§ 1. A estas formas de vida consagrada acresce a ordem das virgens, as quais, emitindo o santo propósito de seguir mais de perto a Cristo, são consagradas a Deus pelo Bispo diocesano segundo o rito litúrgico aprovado, se desposam misticamente com Cristo Filho de Deus e se dedicam ao serviço da Igreja.
§ 2. As virgens podem associar-se para observarem mais fielmente o seu propósito e, com auxílio mútuo, realizarem o serviço da Igreja, consentâneo com o seu próprio estado.
Em 4 de julho de 2018, a Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica publicou a Instrução Ecclesiae Sponsae Imago sobre a Ordem das Virgens. O documento em italiano, inglês, francês e espanhol é assinado pelo prefeito do dicastério, cardeal João Braz de Aviz e pelo secretário, o arcebispo José Rodriguez Carballo.
Ainda que o renascimento da Ordo virginum seja recente, essa vocação é conhecida mundialmente, onde desde 1970 até hoje existem cerca de 5000 consagradas em todos os continentes.
Para solenizar o renascimento da Ordo virginum, a Congregação para a Vida Consagrada havia convocado o terceiro Encontro Internacional em Roma, a ser realizado de 28 a 31 de maio de 2020, em Roma. Nesta ocasião, os membros do Ordo virginum de todo o mundo, como já havia acontecido em 1995, 2008 e 2016, eram convidados a se reunir para louvar e agradecer ao Senhor, refletir juntos, enriquecer-se com a troca mútua de experiências, testemunhar à Igreja e ao mundo a beleza desta vocação e a ser confirmada pelo Sucessor de Pedro.
Adiada devido à pandemia, mais de 700 mulheres consagradas, acompanhadas por bispos e delegados de 61 nações diferentes, já haviam se inscrito para o encontro. As mulheres que recebem essa consagração permanecem enraizadas na diocese em que já vivem e na qual amadureceram o discernimento vocacional e o caminho formativo para a consagração.
A vida das consagradas da Ordo, mesmo sem sinais externos - a não ser o anel entregue durante o ritual de consagração, como sinal da aliança conjugal com Cristo - expressa o amor e a fidelidade com que Deus ama seu povo.
Inseridas na história, as mulheres consagradas aceitam levar a elas suas dificuldades e viver em uma rede de vínculos, no estilo de proximidade e compartilhamento.
Atentas a perceber os apelos advindos do contexto em que vivem, as virgens, compartilham, segundo as próprias possibilidades, a predileçãoda Igreja pelos pobres, os sofredores, os marginalizados.
Eles se sustentam economicamente com o próprio trabalho e o vivem como um testemunho de colaboração com a obra criativa e redentora de Deus, por isso se comprometem em amadurecer um profissionalismo cada vez mais competente e responsável.
Eis alguns perfis interessantes, em todo o mundo, relacionados às áreas da saúde, política, socialidade, ensino, jornalismo.
Na Espanha, por exemplo, há uma enfermeira que atualmente está envolvida no trabalho contra a pandemia: Concepción Peral Bueno, enfermeira, bloco cirúrgico, Hospital Clínico de Madrid. Consagrada Ordo Virginum Arquidiocese de Madrid (Espanha)
Na Argentina, Teresa Peltier, é ex-parlamentar.
Na Itália, uma jovem candidata à Ordo é Chiara D'Onofrio. Deveria ter se consagrado em 6 de junho em Roma - a consagração foi adiada devido à Covid-19. Ela deu início a casa de família para ex-prisioneiros. Mas também Gloria Mari, Milão, jornalista, líder da comunidade Nocetum, comprometida em temas como a acolhida, a integração, a custódia da criação.
Na França, há Olive Diengué, jovem consagrada de origem africana, trabalha na ONG de Nanterre, ou também cardiologista francesa Claire Dauphin, com muito trabalho neste período de pandemia.
Em Burkina Faso, Yvette Koulibali, enfermeira.
Nos Estados Unidos, Sara Scheunemann , protestante convertida ao catolicismo.
Na Suíça, de Chur, a jornalista Rosemarie Schärer, de língua alemã.
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