Comissão vaticana aponta avanços na proteção dos menores na Igreja
Bianca Fraccalvieri – Vatican News
A Pontifícia Comissão para a Proteção de Menores realizou a sua 14ª Assembleia Plenária Ordinária de 16 a 18 de setembro.
A Comissão decidiu realizar o encontro em parte presencial e em parte online, tendo em conta as interrupções indefinidas e prolongadas do seu trabalho provocadas pela pandemia global da Covid-19.
De acordo com um comunicado divulgado ao final do evento, os membros reavaliaram o impacto de transferir os seus programas de alcance, estudo, investigação e educação para a modalidade virtual. Discutiram as oportunidades bem como os desafios apresentados por estas realidades digitais em evolução e o impacto do lockdown e da quarentena, particularmente para menores e para pessoas que sofreram abusos.
Progressos também no Brasil
O membro brasileiro desta Comissão é Nelson Giovanelli Rosendo dos Santos, um dos fundadores da Fazenda da Esperança e especialista na recuperação de jovens envolvidos com drogas e vítimas de abusos.
Esta Comissão é dividida em três grandes frentes de trabalho: Escuta das vítimas, Diretrizes e normas de salvaguarda e Educação e formação. Nelson integra o primeiro grupo, isto é, fazer com que a voz dos abusados posa ser escutada e acolhida dentro da Igreja.
Em entrevista ao Vatican News, o brasileiro fala de avanço, inclusive no Brasil, fruto dos inúmeros encontros virtuais realizados para incorporar esta escuta no aprendizado sobre como combater este fenômeno.
Nas outras duas frentes de trabalho também houve progressos, como confirma o comunicado da Comissão. De modo especial, são citados a recente série de webinars "Salvaguardar Crianças e Pessoas Vulneráveis durante a Covid-19", realizada em colaboração com a União Internacional dos Superiores Gerais, e o seminário intitulado "Promoção e Proteção da Dignidade das Pessoas em Alegações de Abuso de Menores e Adultos Vulneráveis": Equilíbrio entre Confidencialidade, Transparência e Responsabilização".
A Comissão também registou a publicação do Vade-mécum em 16 de julho de 2020, pela Congregação para a Doutrina da Fé, e a forma como contribui para reforçar a aplicação da justiça e esclarecer melhor a forma como aqueles que foram abusados devem ser ouvidos.
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